O evangelho de João é certamente a obra literária mais importante do mundo. Nenhum livro na história da humanidade já foi tão publicado, e tão largamente distribuído como o evangelho de João. Já passa de 4 bilhões de exemplares. João escreve este evangelho no final do primeiro século quando todos os outros apóstolos já estavam mortos e mortos pelo viés do martírio. João escreveu este evangelho para defender uma grande tese: a tese de que Jesus Cristo é verdadeiramente Deus, sem deixar de ser verdadeiramente homem. E ele abre este evangelho como que abrindo as cortinas da história e acendendo as luzes do palco da eternidade, revelando-nos quão glorioso é o nosso redentor. E ele começa assim: no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Isso quase nos tira o fôlego, porque ele começa dizendo que o Filho de Deus, o nosso glorioso Redentor, o nosso Salvador é eterno; isso porque ele já existia antes do começo, do princípio, da Criação, quando tudo começou. Este Universo onde vivemos foi criado, ele teve um princípio, mas Jesus, o Verbo de Deus, pré-existe ao começo, pré-existe ao início, logo ele é eterno, e eternidade é um atributo exclusivo de Deus. Diz o texto que ele estava face a face com Deus, e o Verbo estava com Deus. Esta expressão revela para nós que Jesus Cristo, o Verbo de Deus, não é como os gregos pensavam; um energia impessoal, mas um ser pessoal, da mesma substância de Deus. As palavras lá do credo niceno dizem: ele é Deus de Deus, ele é luz de luz; ele é da mesma substância de Deus, co-igual, co-eterno e consubstancial. E João conclui dizendo que o Verbo era Deus, não um ser inferior a Deus ou superior aos anjos, mas o ser da mesma essência, da mesma substância, tendo os mesmos atributos e realizando as mesmas obras.
Eu preciso concordar com o pensador cristão C. S. Lewis, quando ele disse o seguinte, em relação a Jesus eu só tenho três opções: ou ele é um mentiroso, ou ele é um lunático, ou ele é Deus. Se ele não é quem ele disse ser, é um mentiroso; se ele não é quem ele pensou ser, era um louco, lunático; mas se ele é quem ele disse ser, então, ele é Deus. Pois foi ele quem disse: quem me vê a mim, vê meu pai, porque eu e o Pai somos um. Resta-nos curvarmos aos seus pés e dizer: Senhor meu e Deus meu. João avança e diz que ele estava no princípio com Deus; no princípio criou Deus dos céus e a terra. E ele estava lá, o nosso glorioso Redentor; não como um mero espectador, não passivamente, mas o versículo 3 de João 1 diz assim: “todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele, nada do que foi feito se fez”. Esta é a verdade espantosa, gloriosa e bendita; porque este versículo sugere-nos, leva-nos a quatro conclusões importantes: primeira, a matéria não é eterna como pensavam os gregos; a matéria foi criada. Este mundo é feito de matéria e energia; matéria, energia não criam a si mesmas; este mundo é governado por leis, leis não criam a si mesmas. Logo, alguém, maior do que a matéria, independente da matéria, fora da matéria, criou este mundo, que é feito de matéria, e estabeleceu leis para governar este mundo.
A segunda conclusão lógica é que este mundo não é resultado de geração espontânea. A teoria da geração espontânea não está calçada com a verdade. Desculpe da expressão, mas este mundo não pariu a si mesmo; ele não deu à luz a si mesmo, este mundo foi criado, e criado pelas mãos do nosso glorioso Redentor.
Mas em terceiro lugar, este mundo não é resultado de uma grande explosão cósmica; o caos não produz o cosmos, a desordem não produz a ordem, este mundo foi criado pelo nosso glorioso Redentor. É muito importante entendermos isso: o nosso planeta não está onde está por acaso, porque uma explosão nos deixou aqui. Se nós estivéssemos, por exemplo, mais perto do sol, morreríamos queimados, se nós estivéssemos mais longe do sol, morreríamos congelados. O nosso planeta está rigorosamente onde o nosso glorioso Redentor o colocou. A lua, por exemplo, é a faxineira do planeta terra. Ela não está onde está, na sua órbita, porque ali surgiu um acaso, ou porque uma explosão a deixou lá. Se não houvesse a lua com as suas fases, não haveria o fenômeno das marés, se não houvesse o fenômeno das marés, as nossas praias se enxeriam de lixo e a vida seria impossível no planeta. Não foi o acaso que deixou a lua onde ela está, mas as mãos do nosso glorioso Redentor. Quarto lugar, este universo não é resultado de uma evolução de milhões e milhões de anos. No ano de 1859, quando o primeiro missionário presbiteriano pisou em terras Brasileiras, em Londres, na Inglaterra, Charles Darwin publica o seu livro: a origem das espécies. No dia do lançamento, esgotou-se a primeira edição; de lá para cá, a chamada Teoria da Evolução tem sido ensinada nas escolas e universidades como verdade científica, inquestionável; falta-lhe entretanto a evidência das provas.
Este mundo foi criado, e criado pelo nosso glorioso Redentor. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele e sem ele nada do que foi feito se fez. João chega a dizer que a vida estava nele e a vida é a luz dos homens. Tudo que existe nesse universo, recebeu vida dele: anjos, homens, animais. Se você está vivo, é porque ele preserva sua vida, porque nele vivemos, nos movemos e existimos. Alguém pergunta: mas quem criou Deus? Ninguém criou Deus, ele não foi criado, ele é o Criador; alguns perguntam: mas quando Deus passou a existir? Não, ele não passou a existir, ele é o Pai da eternidade, ele é a origem de todas as coisas, ele é auto existente, a vida estava nele. Mas João conclui dizendo assim: “e a vida era a luz dos homens, e a luz resplandece nas trevas e as trevas não prevaleceram contra ela. Isso significa que não há problema insolúvel para Jesus, não há treva, por mais trevosa que seja, que ameacem a luz, pois Jesus é a luz. Onde ele chega, as trevas do engano, as trevas da mentira, as trevas da idolatria, as trevas da feitiçaria, as trevas da incredulidade precisam bater em retirada. Não importa quão longe você tenha ido, não importa quão profundo você tenha caído, não importa quão enrolado você esteja no cipoal do vício ou do pecado, quando Jesus entra na sua história ele liberta você, ele quebra suas algemas, ele faz de você uma nova criatura, ele dá um novo coração, uma nova mente, uma nova vida, ele faz de você filho de Deus, herdeiro de Deus, cidadão dos céus. Este é o nosso glorioso Redentor, ele é a razão da nossa vida, ele é o criador do Universo, ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder, ele é o Rei dos reis, ele é o Senhor dos senhores, é o sol da justiça e a brilhante estrela da manhã, o amado da nossa alma, ele deu razão para a nossa vida. É hora de você conhecer o Filho de Deus como seu Salvador pessoal. Não basta você saber que ele é glorioso, é preciso que vocês e renda aos seus pés, é preciso que você o confesse como Senhor da sua vida, é preciso que a sua vida se renda aos pés dele, para que você o conheça como Deus pessoal, como Salvador e Senhor da sua vida, para que você seja feito filho de Deus, para que você receba, pela graça, mediante a fé, a vida eterna; para que você possa ficar livre da culpa do seu pecado e ser reconciliado com Deus, porque ele é a ponte que liga você a Deus, ele é o único mediador entre você e Deus, só no seu nome há verdadeira salvação.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se faz. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”. João 1.1-5
Rev. Hernandes Dias Lopes