O apóstolo Paulo, escrevendo a sua carta aos efésios, vai tratar de um assunto tão sublime, já no final da epístola; sobre a plenitude do Espírito Santo, e ele diz: não vos embriagueis com o vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito. E é nesse contexto da plenitude do Espírito Santo, que Paulo vai então mencionar os relacionamentos dentro da família. O primeiro, da mulher com o seu marido; segundo, do marido com a sua mulher; terceiro, dos filhos com os pais; e finalmente, dos pais com os filhos. A família certamente é o palco das nossas maiores alegrias, mas também a família é o território nas nossas dores mais profundas. É na família que nós choramos as lágrimas mais amargas, é na família que nós celebramos as vitórias mais exultantes da vida. O grande problema é que nenhuma instituição hoje tem sido mais atacada do que a família; nenhuma crise hoje no mundo é mais aguda e é mais grave, mais crônica do que a crise da família. Os casamentos estão entrando em colapso, o índice de divórcio é assustador. Os casamentos estão cada vez mais frágeis, as casas maiores, os lares menores. As festas de casamento mais requintadas e a vida conjugal mas cheia de conflitos. Os pais não entendem seus filhos, os filhos não respeitam seus pais. A relação conjugal, tantas vezes, cheia de conflitos e tensões pela confusão dos papéis, por não entender o que é casamento, por não entender o propósito e a vontade de Deus para esses relacionamentos dentro da família.
O apóstolo Paulo está nos dando aqui uma dica: nós não podemos viver uma vida plena, maiúscula e feliz na família, a não ser que a nossa própria vida seja transformada e transformada pela plenitude do Espírito Santo de Deus. Só um marido cheio do Espírito Santo vai amar a sua mulher como Cristo amou a igreja, só uma mulher cheia do Espírito Santo vai honrar e submeter-se ao seu marido com uma igreja é submissa a Cristo, só filhos cheio do Espírito Santo vão honrar seus pais e obedecê-los, só pais cheios do Espírito Santo vão criar os seus filhos na admoestação e na disciplina do Senhor; não tratando-os com amargura. Então, eu gostaria de olhar com você esse grande desafio dos relacionamentos transformados, de você ser um marido, uma esposa, um filho, uma filha, um pai, uma mãe, cheio do Espírito Santo. A plenitude do Espírito Santo nos traz uma nova vida, vida plena, vida abundante. E quando esta vida jorra de dentro de você, então tudo à sua volta vai ser influenciado, quando você não está bem, você contamina tudo à sua volta. A Bíblia diz que uma pessoa amargurada, ela viu perturbada, e ela contamina o ambiente. Mas se dentro de você jorra o Espírito Santo, você vai cantar, você vai ter gratidão, você vai ter à disposição de servir um ao outro, a sua casa vai receber as reverberações dessa plenitude do Espírito Santo.
O primeiro desafio é: a mulher cheia do Espírito Santo não é rebelde, ela não é ranzinza, ela não é briguenta, ela não é amargurada, ela se submete ao seu marido com a igreja é submissa Cristo. Eu tenho plena convicção que falar hoje em pleno século 21 de submissão, parece que eu estou virando jurássico, e parece que esse assunto provoca urticária em muita gente; até porque esse termo não é bem compreendido, quando a Bíblia diz que a mulher deve ser submissa ao seu marido, ela não está dizendo que a mulher é inferior ao seu marido ela, não está dizendo que a mulher não tem vez, não têm voz, que é um capacho, em absoluto. A mulher é igual ao homem, criada à imagem e semelhança de Deus igual ao homem. A mulher tem o mesmo valor aos olhos de Deus que o homem. A mulher é salva pela graça de Deus da mesma maneira que o homem. Mas dentro da funcionalidade da família não pode ter duas cabeças. Assim como a igreja é submissa a Cristo, assim também a mulher submissa ao marido. Quando a Bíblia diz que o marido é o cabeça da mulher, não está dizendo que a mulher é inferior. A Bíblia diz que Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é a cabeça do homem, o homem a cabeça da mulher. O filho de Deus não é inferior ao Deus pai, são da mesma essência, da mesma substância, é uma questão de funcionalidade dentro da economia da Trindade; assim é também dentro da família. Nenhuma mulher, entretanto, têm dificuldades de se submeter a um marido que a ama como Cristo amou a igreja.
O seu desafio, marido, é amar a sua mulher como Cristo amou a igreja, dando a sua vida por ela, tratando-a com doçura, com respeito, com dignidade, santificando a vida dela, abençoando a vida dela, protegendo a vida dela. O seu papel, marido, é imitar Jesus Cristo no seu casamento; velando, cuidando, protegendo, abençoando a vida da sua mulher para que ela seja uma mulher mais feliz pelo fato estar casada com você. Desta maneira, quando a esposa investe no marido, quando o marido investe na esposa, eles encontram um denominador comum à verdadeira alegria e à verdadeira felicidade conjugal.
Mas agora a palavra é pra você filho, filha: você precisa honrar seus pais, você precisa obedecer seus pais, você precisa cuidar de seus pais, você não pode ser motivo de choro para os seus pais, de dor para os seus pais, mas de honrá-los, de obedecê-los, de levar a palavra, o conselho deles para você a sério. Siga a orientação dos seus pais; os filhos que honram pai e mãe, eles têm duas promessas de Deus: primeira, vida longa, segunda, vida próspera. Você quer ser bem sucedido na vida jovem, moça, honre seus pais, obedeça seus pais, e Deus vai honrar você, dar vida longa para você.
Mas finalmente, a palavra é para você pai; seu papel não é provocar seus filhos à ira, sua missão é criar os seus filhos na disciplina e na administração do Senhor. Você precisa ser exemplo para os seus filhos, você é espelho para seus filhos, a sua vida fala mais alto que as suas palavras, você precisa conhecer a Deus para que os seus filhos vejam um Deus na sua vida e queira limitar o seu exemplo. Dessa forma, você estará construindo dentro da sua casa valores, princípios eternos, absolutos que vão dar a diretriz para a sua família, para os seus filhos e então você vai ter uma família feliz e bem-aventurada.
“E não se embriaguem com vinho, pois isso leva à devassidão, mas deixem-se encher do Espírito, falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando com o coração ao Senhor, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Sujeitem-se uns aos outros no temor de Cristo” Efésios 5.18-21
Rev. Hernandes Dias Lopes