A Bíblia diz que Jesus Cristo estava cercado de publicanos e pecadores, pessoas que os religiosos da época desprezavam e consideravam indignas do amor de Deus, e as pessoas estavam escandalizados porque Jesus isso recebia essas pessoas, comia com elas, e para responder essa atitude hostil dos escribas e fariseus, Jesus contou três parábolas: a parábola da ovelha perdida, da dracma perdida e dos filhos perdidos; mostrando que Deus procura aqueles que têm um coração quebrantado, aqueles que reconhecem o seu pecado, aqueles que reconhecem que estão doentes e precisam de um médico, que reconhecem que são pecadores e precisam do Salvador. E então Jesus conta a conhecida parábola do filho pródigo. Diz o texto que um homem tinha dois filhos, o mais moço disse para o seu pai: “meu pai, eu quero a minha herança, a parte que me cabe”. E o pai concedeu a ele, ele pegou todos os seus haveres e partiu para um país distante. E lá dissipou todos os seus bens, vivendo uma vida dissoluta. E de repente, o dinheiro acabou, os amigos fugiram, uma fome assolou aquele país, ele passou a ter necessidades e não encontrou nenhum lugar a não ser um chiqueiro, para cuidar de porcos. Ali passava fome, não tinha sequer a comida dos porcos. Quando ele caiu em si disse: quantos trabalhadores, na casa de meu pai, tem pão com fartura, e eu aqui padeço de fome, levantar-me-ei e irei ter com meu pai, vou dizer para o meu pai que eu não sou digno de ser chamado seu filho, que ele me trate apenas como um dos seus trabalhadores. Diz o texto que ele, de longe, quando estava vindo, o seu pai o avistou. Correu, abraçou, beijou, mandou trazer a melhor roupa, mandou trazer sandália para os pés, anel para colocar no seu dedo, mandou matar o novilho cevado e diz: comamos e regozijemo-nos, porque esse meu filho estava perdido e foi achado, estava morto e reviveu.
A história deste jovem pródigo passa por quatro fases: primeira fase, ele era feliz inconscientemente na casa do pai, ele tinha tudo na casa do pai; ele tinha a presença do pai, a presença do irmão, tinha pão com fartura, tinha muitos servos, aí de repente a insatisfação entrou no seu coração. Ele começou a pensar que a felicidade estava do outro lado do muro. Quantas vezes você tem tudo? Você tem Deus, você tem sua família, você tem seus amigos, você tem saúde, você tem prosperidade, mas há um vazio na sua alma, insatisfação do seu coração e você pensa que a felicidade está lá do outro lado do muro.
A segunda fase deste moço, é que ele era infeliz, inconscientemente no país distante. Naquele país tinha muitos amigos, muitas festas, muitas diversões, talvez a vida até promíscua, enquanto ele tinha dinheiro, amigos, ele festejava, ele não tinha tempo para pensar na sua alma, só queria pensar no seu prazer imediato. Lá ele não era verdadeiramente feliz, mas pensava que era. Assim é o homem, quando ele pensa que o pecado, as aventuras, os prazeres desta vida podem preencher o vazio do seu coração. Ele bebe todas as taças dos prazeres, mas quando ele volta para casa, há um vazio na alma, há uma culpa latejando em sua consciência, não há alegria verdadeira borbulhando da sua alma.
Por isso, vem a terceira fase da vida desse jovem, ele agora é infeliz conscientemente cuidando dos porcos. O pecado é sutil, o pecado é traiçoeiro, o pecado vai levar você mais longe do que você gostaria de ir, vai reter mais tempo que você gostaria de ficar, vai custar um preço mais alto para você do que você gostaria de pagar. Esse jovem agora está cuidando de porcos; para um judeu, uma profissão humilhante, um trabalho indigno, impuro. A fome estonteante assola seu estômago e ele passa fome, nem sequer as bolotas que se dava aos porcos ele tinha. Agora ele era infeliz mesmo e tinha plena consciência disso.
Então vem a quarta e última fase da vida desse moço, ele era feliz conscientemente de volta na casa do pai. A Bíblia diz que ele caiu em si, estava fora de si, quando ele buscou aventuras, quando ele saiu da casa do pai, quando ele pega antecipadamente a sua herança, quando ele curte todas as taças dos prazeres, mas ele cai em si e reconhece que precisa voltar, ele se humilha, ele se arrepende, ele reconhece o seu erro, ele ensaia uma confissão ao seu pai, dizendo: eu não sou digno, eu quero ser tratado apenas como um dos seus trabalhadores. E com o coração quebrado, com a alma compungida, com a disposição de se humilhar e se arrepender profundamente, ele volta para casa do pai.
Mas a grande pergunta é: será que o pai vai me receber? Será que eu encontrarei perdão? Será que eu terei uma nova chance? Será que eu vou poder recomeçar minha história? E diz o texto que ele estava longe com do seu pai o avistou, e correu na direção dele e o abraçou, e o beijou longamente, e disse: traz depressa melhor roupa, ele não é um escravo, ele é um filho, traz a sandália, ele é livre, traz o anel, ele tem honra, e faz uma festa porque esse meu filho estava perdido e foi achado, estava morto e reviveu.
Esse pródigo é você, sou eu. E eu quero dizer para você, por mais longe que você tenha ido, por mais profundo que seja o poço que você tenha caído, por mais dramática que seja a realidade que você esteja vivendo agora, Deus espera por você. Ele é o Deus de toda graça, ele toma a iniciativa, ele mandou ao mundo o seu Filho, o seu único Filho, Jesus Cristo, para que por meio dele você pudesse ser reconciliado, para que você pudesse ser perdoado, porque você pudesse receber uma nova vida, volte-se para Deus agora, há perdão para você, há salvação para você, há uma nova vida para você, há uma festa de alegria esperando por você, porque a Bíblia diz que há júbilo diante dos anjos de Deus no céu por um pecador que se arrepende. Quem sabe hoje vai ser a maior festa da sua vida, do seu encontro com Deus, da sua volta para Deus, da sua reconciliação com Deus. Não espere mais tempo, hoje é o momento oportuno, agora é a hora certa de você voltar-se para Deus, hoje, a graça espera você, os braços de Deus estão abertos para você, hoje há um novo começo para sua vida.
“Vou me arrumar, voltar para o meu pai e lhe dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado de seu filho; trate-me como um dos seus trabalhadores.’” E, arrumando-se, foi para o seu pai. — Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou. E o filho lhe disse: “Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado de seu filho.” O pai, porém, disse aos servos: “Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés. Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” E começaram a festejar” Lucas 15.18-24
Rev. Hernandes Dias Lopes