O pecado é o maior de todos os males, porque o pecado nos priva do maior bem, o pecado faz separação entre nós e Deus, o pecado é a maior tragédia que aconteceu na história da humanidade, o pecado nos separa de Deus, o pecado nos separa do o próximo, o pecado produz dentro de nós uma esquizofrenia existencial, o pecado nos coloca contra a própria natureza onde habitamos. O pecado é uma fraude, ele é um engano, o pecado é um embuste, ele vem dourado, colorido, sugestivo, apetitoso, glamoroso, mas ele esconde, por trás desse glamour, um anzol de morte. O pecado seduz como uma isca apetitosa, ele atrai como armadilha, mas o final da linha do pecado é a morte. O pecado promete para você alegria e paga com tristeza; promete a você liberdade, mas escraviza; promete para você prazer, mas produz desgosto e culpa; promete para você vida, mas depois mata; o pecado é enganoso e eu quero tratar, à luz do texto, sobre três enganos do pecado.
Em primeiro lugar, o pecado nos leva a tentar a enganar o nosso próximo. Passamos uma imagem colorida de nós mesmos, otimista, piedosa, mas se as pessoas nos conhecessem como de fato nós somos, talvez ficaram escandalizados, talvez se afastariam. A Bíblia diz que se nós andarmos na luz como Deus está na luz, é que nós temos comunhão uns com os outros, mas quando se anda nas trevas, é impossível ter plena comunhão, porque as trevas não permitem um relacionamento de integridade, de fidelidade, de respeito, de amor e de companheirismo. Quando você abriga o pecado no seu coração, você precisa botar uma máscara, você precisa ser hipócrita, você precisa fingir, você precisa passar uma imagem de você mesmo, que você lá dentro sabe que não é mais verdade. Então, o pecado leva você a tentar enganar as pessoas, porque de fato, o que está acontecendo lá no seu íntimo chocaria as pessoas, escandalizaria as pessoas, ofenderia as pessoas, afastariam essas pessoas de você, daí o perigo do pecado; é que ele seduz você, ele engana você, para que você então tente passar uma imagem mais otimista a seu respeito, de que de fato é a realidade a seu respeito.
Mas em segundo lugar, esse texto diz que o pecado sedutor, enganador, nos leva a um outro perigo, o perigo de enganar-nos a nós mesmos; veja que o texto diz: “se dissemos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”. Este é um estágio mais avançado, mais perigoso, mais sutil, mais desastroso. É quando você vive no pecado, de repente não sente mais tristeza pelo pecado, de repente a sua consciência não dói mais, as setas que feriam a sua consciência estão rombudas, e você não sente mais nada, parece que vira tudo normal, você se acostumou, a sua consciência ficou cauterizada. E aí você olha para dentro de você mesmo e já acha-se uma pessoa maravilhosa, uma pessoa boa, você se exalta, você tece elogios às suas próprias e pretensas virtudes, daqui a pouco você pensa que nem o pecador você é; você começa a olhar para você sem nenhuma possibilidade existe reparos mais na sua vida. É porque o pecado enganou você, seu estágio terrível de cauterização, de endurecimento do coração, onde a sua cerviz, o seu pescoço não se dobra mais, e aí você se tornou escravo do pecado, já tem prazer no pecado, não sente mais tristeza por ele, o pecado de dominou, te domesticou, te botou num controle pleno e total; você se tornou escravo dele.
Mas há uma terceira área, uma terceira fase, um terceiro estágio desse engano, ainda mais perigoso. Veja que o texto diz: o pecado tenta nos levar a enganar o próprio Deus. O versículo 10 diz assim: se dissemos que não temos cometido pecado, fazemos Deus mentiroso e a sua Palavra não está em nós. No momento em que você se julga sem pecado, você está dizendo que a afirmação de Deus de que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” não é verdadeira; assim, aqueles que negam o fato de serem pecadores e negam os seus próprios pecados, estão fazendo Deus mentiroso, estão tentando enganar o próprio Deus. O pecado é maligníssimo, diz a Bíblia. O pecado é pior do que a doença, é pior do que a pobreza, pior do que o sofrimento, é pior que a própria morte. Esses males todos, embora tão terríveis, não podem afastar você de Deus, mas o pecado afasta você de Deus agora e por toda a eternidade. O pecado é maligníssimo porque o salário do pecado é a morte.
Como é que você resolve esse problema do pecado? O texto nos ensina duas coisas: primeira, está dito aqui no versículo 9: “se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. Se você concordar com Deus, que você é pecador, e se você se arrepender, se você se voltar para Deus, há perdão para você. O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará, mas aquele que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. Mas o texto ainda nos diz que o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Você pode ser perdoado, você pode ser purificado, você pode ser limpo aos olhos de Deus, se você reconhecer que é pecador, se você se arrepender dos seus pecados, se você recorrer a Jesus, Jesus perdoa pecados, e o sangue de Jesus lava você de todo o pecado.
A mensagem que dele ouvimos e que anunciamos a vocês é esta: Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não cometemos pecado, fazemos dele um mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 1ª João 1.5-10
Rev. Hernandes Dias Lopes