Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o SENHOR fará maravilhas no meio de vós. Josué 3.5.

 

Verdade

“Uma vez salvo, salvo para sempre”. Essa é uma frase muito comum no meio das igrejas de teologia reformada e que, de fato, é uma verdade da Escritura, mas que quando não bem compreendida, pode levar a uma sensação de que ela impele à displicência na vida de santificação. Muitos reclamam: “já que sou salvo para sempre, posso fazer o que quiser”. Está aí um dos grandes enganos. A Escritura deixa claro que fomos salvos para as boas obras (Ef 2.10), de forma que a vida de santidade necessariamente segue aquele que foi “uma vez salvo”.

Nessa perspectiva, olhamos para o texto de Josué, momento em que Deus o levanta para a travessia do Jordão (Js 3), a fim de mostrar o seu poder e força através da vida do novo profeta que se levantava no lugar de Moisés, o próprio Josué (Dt 18.15). E diante do Jordão, ele com força e coragem da parte de Deus (Js 1.6), dá uma ordem para que o povo se santifique; ordem que, apesar de ser direcionada ao povo de Israel primariamente, naquele momento específico, pode ser vista em toda a Escritura como uma apontamento necessário na vida daqueles que foram salvos por Deus, já que também caminhamos para uma terra prometida, da qual a primeira era símbolo.

Assim, toda a Escritura mostra a santificação como um imperativo ao povo de Deus. Nós não temos a opção de não crescer em santidade, aliás, esta é uma marca de um condenado ao inferno, ele não cresce, pelo contrário, ele continua com sua natureza de filho da ira (Ef 2.2). Por isso, o autor aos Hebreus exorta a ordem de Deus à santidade (Hb 12.14), Pedro repete a ordem divina de ser santo pelo fato de Deus ser santo (1Pe 1.15-16), e ele faz isso remontando textos do Antigo Testamento em que Deus dá este imperativo para o povo redimido (Lv 19.2; 20.26).

Vida

Basta olhar para Cristo, e perceber o quanto ele exortou à vida de santidade como uma marca inconfundível e imperativa às suas ovelhas. Aliás, ele veio pregar para pecadores ao arrependimento (Mt 9.11-13), mostrando que uma vida desprovida de santidade, na realidade não condiz com a marca de um discípulo. Aos que negam esta ordem, a única palavra que lhes restará será proferida pela boca daquele que é Santo, Jesus Cristo: “apartai-vos de mim”.

Timóteo Sales

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