Pequenos como gafanhotos

Verdade

Grandes são os desafios enfrentados pelo povo de Deus em sua obra. Temos inimigos fortes e que parecem filhos de Anaque (gigantes); a nossa carne, que milita contra o Espírito (Gl 5.17), o mundo, que nos odeia (Jo 15.18), e Satanás, que tenta nos roubar, matar e destruir (Jo 10.10).

O contexto de Números 13, narra a visita dos espias à terra prometida por Deus ao povo de Israel. Ao chegar na terra prometida, a visão da grande maioria dos espias foi uma leitura fria do cenário: a terra era linda, manava leite e mel (Nm 13.27); trouxeram dos frutos da terra (Nm 13.26) e eram encantadores. Porém, os homens que habitavam na terra, condenados à morte pelo próprio Deus por causa da iniquidade (Gn 15.16), eram povos poderosos, que habitavam em cidades grandes e fortificadas, eram gigantes (Nm 13.28), e aos olhos da maioria dos espias, o povo de Deus seria como gafanhotos aos próprios olhos e aos olhos do inimigo (Nm 13.33).

Mas havia um relatório diferenciado, Josué e Calebe rasgaram as suas vestes como sinal de tristeza diante da incredulidade do povo, e como sinal de humildade e total dependência do Senhor, Deus da Promessa. Eles tinham a consciência de que a obra era do Senhor, e Deus poderia os fazer “devorar o inimigo como pão” (Nm 14.9), pois do Senhor é a batalha (1Sm 17.47).

Diante da obra do Senhor, muitos problemas surgirão; as batalhas vêm de todos os lados para tentar emperrar a caminhada vitoriosa da noiva de Cristo. E essas batalhas, por vezes, nos fazem parecer gafanhotos diante dos grandes problemas, e é assim que os inimigos de Deus consideram a sua igreja; um pequeno e insignificante povo.

Vida

Mas é Cristo quem garante estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20), ele garante que “as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja” (Mt 16.18), garante que a igreja é quem invade o império das trevas e sai vitoriosa, “pois maior é o que está conosco do que o que está no mundo” (1Jo 4.4). Portanto, diante das dificuldades que tentam emperrar a obra do Senhor, lembre-se que a obra de Cristo garante a vitória da sua igreja, mesmo que aos olhos dos incrédulos ela se pareça um mero gafanhoto, ela tem a coroa da vitória garantida para aqueles que, pela graça redentora (Ef 2.8), são encontrados em obediência (Nm 14.8).

Timóteo Sales