Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra. Colossenses 3.2.

 

Verdade

A Escritura conta a história da origem da Babilônia, mais conhecida como a história da torre de Babel (Gn 11). Esta cidade foi fundada com base em uma visão para o alto; eles pensavam alto, pensavam em tornar célebres os seus nomes, queriam que os olhos das pessoas olhassem para o alto, e ao olharem para o alto, vissem a grandiosidade de suas obras.

Aqueles homens ergueram uma torre, pensando mesmo ser muito alta, mas era tão baixa que Deus precisou “descer” para vê-la (Gn 11.5). Isso porque a arrogância nos faz levantar a cabeça e imaginar que somos melhores que os outros, nos deixa com olhar altivo e podemos pensar que somos autônomos.

Mas a Escritura fala ainda de outro tipo de pensamento, fala de outra visão para o alto; não para uma mera torre de arrogância, mas de coisas superiores aos orgulhos e vaidades que somos tentados diariamente, fala das verdades sublimes do reino dos céus.

Paulo em sua carta aos Efésios comenta que aqueles que foram resgatados por Deus, já experimentam hoje das bênçãos espirituais nas regiões celestiais (Ef 1.3), e é por isso que em nosso texto (Cl 3.1-4), ele nos conclama a não nos apegarmos aos prazeres deste mundo, mas termos os nossos olhos fitos no alto, o nosso pensamento nas coisas celestiais; não no alto da vaidade, mas nas mais altas glórias que são reservadas àqueles que foram chamados por graça a uma vida de baixeza, humildade, reconhecimento de indignidade (Mt 5.3); àqueles que não se arrogam a olhar para o alto como merecedores, mas que olham para baixo com humildade, vislumbrando o altíssimo, dizendo: “sê propício a mim pecador” (Lc 18.13).

Vida

Paulo diz que devemos pensar nas coisas lá do alto não por vaidades ou merecimentos, mas porque é lá que Cristo vive e está assentado à destra de Deus (Cl 3.1), com poder e graça para interceder por nós, com a nossa vida escondida e guardada nos seus braços (Cl 3.3), porque ele venceu a morte, ressuscitou e nos fez ressuscitar juntamente com ele (Cl 3.1), a fim de que no último dia, ele nos apresente imaculados diante da sua glória (Jd 24; Cl 3.4). Há esperança para aqueles que estão unidos a Cristo, estes, deixam as vaidades destes tempos passageiros, pois vislumbram e pensam nas coisas do alto (Cl 3.2).

Timóteo Sales

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