Novas vestes

Verdade

Uma das passagens mais marcantes e conhecidas da Escritura é a libertação do povo de Deus do Egito e a posterior peregrinação no deserto. A Escritura diz que durante todo o percurso e tempo de quarenta anos, o povo rodeou pelo deserto e chegou na Terra Prometida. Mas um forte detalhe é que durante todo este tempo as roupas do povo de Israel não envelheceram (Dt 29.5).

É certo que muitos, por grande necessidade usam roupas velhas, mas há um estágio de degradação das vestes que as tornam indesejáveis para qualquer ser humano. Como é pesaroso ver o nosso próximo em tal situação, de um modo que jamais imaginaríamos usá-las.

Há uma comparação na Escritura que trata de roupas velhas em contraste com novas vestes, o apóstolo Paulo faz essa analogia para falar do pecado. Paulo fala do imperativo que há em se afastar completamente de qualquer atitude que relembre as roupas do “velho homem”, roupas maculadas pelo pecado: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem obscena (Cl 3.8); pois as obras do velho homem são como a tentativa de Adão e Eva, de coser folhas de figueira e fazer vestes para cobrir a vergonha do pecado (Gn 3.7); são obras insuficientes e ofensivas a Deus, fruto de um coração não arrependido, mas que tenta esconder as mazelas causadas pelo pecado.

Por isso, é imperativo agirmos de acordo com as vestes que, como eleitos de Deus, já recebemos; com atitudes condizentes a tal eleição (Cl 3.12), pois aqueles que estão em Cristo, já se despiram do velho homem e já se vestiram com as novas vestes (Cl 3.9-10), providenciada pelo Pai, representativamente no Éden (Gn 3.7), plenamente em Cristo (Rm 13.14).

Vida

Ele é a imagem do Deus Criador (Cl 1.15), ele é o cordeiro que foi morto para cobrir a vergonha do pecado, é por causa do seu sacrifício que podemos ter “alvas vestes” (Ec 9.8), roupas que não se desgastam na caminhada para a Terra Prometida, a nova Jerusalém, mas isso só é possível para aqueles que possuem as novas vestes, que é o próprio Cristo. (Rm 13.14).

Timóteo Sales