Senhores, tratai os servos com justiça e com equidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu. Colossenses 4.1.

 

Verdade

Você já serviu alguém e foi maltratado? Já teve a oportunidade de trabalhar em algum lugar, fazer algo com boa vontade e esmero, e receber daquele a quem você presta o serviço uma palavra ríspida, grosseira? Por outro lado, você já se sentiu lesado por alguma empresa e ficou tentado a destratar o funcionário que lhe passou a informação ou que está responsável pelo seu atendimento?

O contexto de escravidão bíblica não era igual ao contexto de escravidão que aconteceu no Brasil. Nos tempos bíblicos havia escravidão entre diversos povos, mas destacamos que havia escravidão, por exemplo, como método contra a pobreza extrema (alguém em situação de calamidade e pobreza escolhia viver como escravo de bons senhores, pois era melhor do que a mendicância), ou ainda, havia escravidão como substituta de penas por crimes cometidos (o princípio da restituição, trabalhar como escravo até pagar o que roubou, por exemplo); é certo que haviam também escravidões totalmente dolosas, afinal, o ser humano carrega a marca do pecado.

Mas destacando os dois primeiros tipos de escravidão listados, abordamos o fato do Apóstolo Paulo exortar para que aqueles que dispunham de escravos, tratassem bem seus servos, estendessem a mão, favorecessem, suprissem, se esforçassem por eles favoravelmente, conforme o verbo “tratai” na língua grega. E esse procedimento deveria ser em justiça, sem ameaças (Ef 6.9) e equidade, observando a regra áurea (Mt 7.12), que fala de tratar o próximo como queremos ser tratados.

Olhando para esse texto, talvez você se questione que não tem escravos; mas temos pessoas que diariamente nos prestam serviços, pessoas que por vezes são culpadas de males ou inocentes quando somos lesados; mas quando nos sentimos prejudicados, somos tentados a trata-los injustamente, ou sem temperança e domínio próprio.

Vida

O alerta da Escritura é que nós somos diferentes, agimos diferente, somos luz, sal, pacificadores, e agimos assim pois somos servos de Cristo, porque ele é justo, sofreu, suportou e pagou a nossa injustiça com graça como retribuição a nós ofensores; a ele prestaremos contas (2Co 5.10). Ao ser maltratado e se sentir impelido a maltratar, lembre-se de que Cristo foi maltratado pelos nossos pecados (Is 53.7), e pelos transgressores intercedeu (Is 53.12).

Timóteo Sales

Recent Posts