Nós estamos vivendo um tempo de muita pressão, de um cerco, de um entrincheiramento da família. Nós estamos vivendo no período da história onde a família está sendo rodeada, cercada, emparedada, por ameaças reais, sobretudo na vida dos filhos; os filhos estão sendo atacadas desde a mais tenra idade, a infância está sendo bombardeada, a nossa juventude está sendo alvo de armas de grosso calibre, porque se destruir a infância e juventude nós teremos uma sociedade doente e fragilizada.
Eu quero convidar você para examinar comigo esse texto de Êxodo capítulo 2. Era uma época de opressão, o império egípcio detinha todo o poder sobre as famílias hebreias. Eles eram escravos oprimidos, e chegou um momento em que o faraó deu uma ordem expressa para as parteiras hebreias: todo menino que nascer deve ser morto, as meninas podem sobreviver, mas os meninos devem morrer. E é nesse cenário de opressão, de totalitarismo, que uma mãe toma outra decisão, ela dá luz a um menino, ela resolve que esse menino não vai morrer, ela vai lutar por ele, e na providência de Deus, ela coloca este menino dentro de um cesto, fecha este cesto, coloca esse cesto no rio Nilo, e a Miriam, irmã desse menino, vai proteger esse menino rio abaixo. Quis a providência de Deus que a própria filha do opressor, faraó, encontrasse o cesto e tirasse o menino das águas e criasse esse menino no palácio.
Esse menino é Moisés, esse menino vai crescer no palácio de faraó, esse menino vai ser filho de faraó, e esse menino vai ser libertador do povo de Deus da escravidão do Egito. Às vezes, mãe, você tem enfrentado tantas lutas, tantos perigos, tantas ameaças: os nossos filhos estão sendo atacados na porta das escolas pelos traficantes, às vezes nossos filhos estão sendo encurralados por forças ocultas das trevas, ou por forças explícitas dos homens para atingir a mente dos nossos filhos, o coração dos nossos filhos, para levá-los a um relativismo moral, para destruir a honra deles, para empurrá-los para a vida de promiscuidade sexual, para o alcoolismo, para as drogas, para as correntes ideológicas mais perigosas para o coração e para a alma, e muitas vezes, esses filhos, mesmo alcançando os troféus do conhecimento, galgando os degraus na universidade, saindo com diploma de uma universidade reconhecida, mas arrebentam com as emoções, arrebentam com a alma, arrebentam com os valores morais.
E eu quero encorajar você, mãe: não abra mão dos seus filhos, lute pelos seus filhos, não desista jamais de seus filhos, porque esse filho que às vezes hoje está sendo sentenciado de morte por essa sociedade, poderá ser um grande instrumento de Deus, na sua rica e bondosa providência, para ser um grande instrumento de Deus na vida da nossa nação. Moisés estava sendo sentenciado de morte por faraó, mas no projeto de Deus ele foi levantado para ser o libertador da sua nação. Talvez hoje, aquele filho, aquela filha, que faz você chorar, que leva você a ter noites sem dormir, madrugadas desesperadamente sofridas na sua história, porque percebe que o seu filho, a sua filha, estão cercados de tantas ameaças e perigos; pois Deus pode libertar seu filho, Deus para libertar sua filha, Deus pode trazer um livramento milagroso da história de seus filhos. E, de repente, aquele filho que hoje é o filho das suas lágrimas, amanhã será o motivo da sua alegria, amanhã será um poderoso instrumento nas mãos de Deus, para realizar uma grande obra na história da nossa nação, portanto, mãe, não desista de seus filhos, lute pelos seus filhos.
Talvez você mãe, você pai, você jovem, percebendo a destruição de tantos lares, a destruição de tantos casamentos, você percebendo que a família está debaixo de um terrível ataque e opressão, você vê tantos sinais de morte ao seu redor, na sua casa, na sua família, talvez você está pensando em desistir, jogar a toalha, retroceder, abrir mão, mas em nome de Jesus, não abra mão da sua família, não abra mão dos seus filhos, lute pelos seus filhos, chore pelos seus filhos, ore pelos seus filhos, entre na brecha da intercessão pelos seus filhos, porque você não gerou filhos para a morte, você não gerou filhos para o cativeiro, seus filhos hão de ser levantados como colunas da nossa sociedade, seus filhos hão de ser levantados por Deus para serem grandes instrumentos e poderosos instrumentos nas mãos de Deus, para abençoarem esta nação.
“Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de Levi. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escondeu-o por três meses. Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calafetou-o com betume e piche e, pondo nele o menino, largou-o no carriçal à beira do rio. A irmã do menino ficou de longe, para observar o que lhe haveria de suceder. Desceu a filha de Faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal, enviou a sua criada e o tomou. Abrindo-o, viu a criança; e eis que o menino chorava. Teve compaixão dele e disse: Este é menino dos hebreus. Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá chamar uma das hebreias que sirva de ama e te crie a criança? Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe do menino. Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o menino e o criou. Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés e disse: Porque das águas o tirei” Exodo 2.1-10
Rev. Hernandes Dias Lopes