Se um homem repudiar sua mulher, e ela o deixar e tomar outro marido, porventura, aquele tornará a ela? Não se poluiria com isso de todo aquela terra? Ora, tu te prostituíste com muitos amantes; mas, ainda assim, torna para mim, diz o SENHOR. Jeremias 3.1.

 

Verdade

Alguns anos antes da profecia de Jeremias, Manassés reinou em Jerusalém por 55 anos e levou a cidade a uma situação deplorável de idolatria, de abandono dos preceitos da Lei do Senhor, derramou muito sangue inocente, levantou altares a diversos deuses, profanou a Casa do SENHOR com abominações, chegou ao ponto de queimar seus filhos como oferta a um falso deus.

A figura usada pelo profeta é de que o povo de Deus é a sua noiva, e esta noiva adulterou com falsos deuses. Ele diz mais à frente no texto que “pelo ruidoso da sua prostituição, poluiu ela a terra; por que adulterou, adorando pedras e árvores. Apesar de tudo isso, não voltou de todo o coração para mim a sua falsa irmã Judá, mas fingidamente, diz o Senhor” (Jr 3.9-10).

O quadro era tão grave que o povo de Deus levantou altares para falsos deuses em toda a nação, ao ponto de levantarem altares até dentro do templo do Senhor para sacrificar a falsos deuses. Tentavam cultuar ao Senhor e a falsos deuses.

E talvez nós tentemos nos justificar com o fato de não termos um ídolo, uma imagem de escultura em casa, para as quais muitos dirigem suas orações; mas a Escritura nos coloca a idolatria como a centralização de um falso deus em nosso coração, quando retiramos a honra e glória devida ao Deus verdadeiro. A nossa possível idolatria pode ser respondida diante da pergunta: “Para onde recorremos na hora da crise?”. Será que não buscamos o consolo nos vícios, na comida, no dinheiro, nas festas, nas viagens, nas compras, ou em qualquer outro falso deus que elegemos e cultuamos em nosso coração?

Vida

João Calvino dizia que o nosso coração é uma perpétua fábrica de ídolos; e de fato, quem não tem Cristo como o regente do coração, certamente terá um coração dirigido por ídolos construídos, em uma vida que é na realidade uma expressão de idolatria generalizada do seu coração; vida apegada a crendices, medos, fugas, vazios, que de maneira insaciável busca um sentido em coisas que não são o Senhor. Que, como os tessalonicenses, deixemos os ídolos, em conversão completa a Deus, para servirmos ao Deus vivo e verdadeiro, para aguardarmos dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura (1Ts 1.9-10).

Timóteo Sales

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