“Cingi-vos todos de humildade uns para com os outros”. 1ª Pedro 5.5

 

Verdade

A ansiedade é um dos grandes problemas dos nossos dias. Na realidade, desde a queda ela se faz presente na vida do homem, e uma das suas facetas certamente é a baixa autoestima e a ansiedade por reconhecimento. Sentimos que não somos ninguém, que todos viraram as costas, que somos incapazes de prosseguir em meio às dificuldades, que somos frágeis, impotentes e sem valor; e somos incitados a ter alta autoestima.

Essas sensações e incitação são na realidade frutos da queda. A queda nos fez pensar que somos autônomos, que precisamos de holofotes e honrarias, que fazemos as nossas próprias regras, que fazemos o nosso próprio destino, que somos capazes de prosseguir sozinhos, que podemos prosseguir sem Deus, que somos bons, que temos méritos, que não somos merecedores de injustiças na vida, que precisamos nos ver como autossuficientes.

O que as Escrituras nos ensinam, é na verdade o contrário: não somos autônomos, Deus é o verdadeiro legislador, ele é quem dita as regras (Is 33.22); não fazemos o nosso próprio destino (Sl 139.16); não somos capazes de prosseguir sozinhos, não podemos prosseguir sem Deus (Jo 15.5); não somos inerentemente bons, pelo contrário, somos maus (Rm 3.23); não temos mérito algum, e somos merecedores das injustiças que o mundo oferece, porque somos pecadores e parte dessas injustiças. Além do mais, “todas os nossos atos de justiça são como trapos de imundícia” (Is 64.4).

Não precisamos aumentar a nossa autoestima, precisamos na verdade ter uma “alta baixa-estima”. O que quero dizer com isso é que precisamos de humildade. Precisamos reconhecer que, diante de um Deus Santo, somos fracos, incapazes, pecadores, merecedores do juízo.

Vida

Precisamos reconhecer o nosso estado de miséria e pecado, e a dependência total da obra de Cristo, pois só nele podemos entender que vivemos em um mundo caído, que sofreremos, mas que por causa de Cristo, temos a esperança da restauração eterna. Lá, a obra que Deus começou em nós será completa (Fp 1.6). Felizes não são os que tem alta autoestima, felizes são os que são humildes de espírito (Mt 5.3), e isso só é possível por meio daquele que se humilhou completamente em nosso lugar, Jesus Cristo.

Timóteo Sales

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