“Com a boca professam muito amor, mas o coração só ambiciona lucro” Ez 33.31.

 

Verdade

Em tempos de redes sociais, muitas confissões de amor são pronunciadas. Desde os tímidos até os falsos fazem juras de amor; não há olho no olho ou tonalidade de voz, não há intimidade ou contexto que ajudem a perceber se é um ato de verdade ou um simples digitar de corações, juras ou declarações superficiais de amor.

O povo de Deus havia sido levado para o cativeiro babilônico, e mesmo em situação de juízo da parte de Deus por conta do pecado, havia dureza de coração. O povo almejava voltar para a terra, considerava-se herdeiro de Abraão, mas esqueceu-se da obediência, dos termos da Aliança, da fé genuína encontrada em Abraão.

Seus lábios eram falsos diante do SENHOR. Eles se aproximavam do profeta Ezequiel para “ouvirem” a Palavra do Deus da Aliança e até faziam promessas amorosas; prometiam mudar de vida, voltar-se para Deus, arrependimento de pecados, mas na verdade o coração deles ambicionava o lucro de voltar para a terra que mana leite e mel.

Muitas vezes agimos de maneira parecida, ouvimos a repreensão do Senhor, e diante da repreensão nos emocionamos e fazemos promessas de arrependimento, reconciliação e amor. Mas o que destacamos é: em quem, ou em que, está o real interesse do nosso coração? No Deus da reconciliação, ou no lucro das promessas?

A Escritura diz que “o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração” (1Sm 16.7), e vendo o coração, sabe as reais intenções do “professar muito amor” (Ez 33.31), se ambiciosas e idólatras, querendo dar a Deus para receber em dobro, ou se partem de um coração compungido e contrito (Sl 51.17).

Vida

O verdadeiro lucro não está nas bênçãos de Deus como muitos ambicionam, o verdadeiro lucro é o próprio Deus, que nos deu o seu bem mais precioso, Jesus Cristo; diante dele, pela graça, roguemos ao Senhor que nossa “boca confesse ao Senhor Jesus, e em nosso coração creiamos que Deus o ressuscitou dentre os mortos (…). Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.9-10).

Timóteo Sales

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