Arbusto solitário no deserto

Verdade

Certa vez, em uma visita a uma região sertaneja, observei uma árvore verde em meio a sequidão de uma estiagem que já levava meses. Aproximei-me da árvore surpreso com sua aparente resistência a falta de chuvas e água do rio. E para minha surpresa, o aparente vigor do verde, não passava de ilusão, pois as folhas estavam completamente secas. A árvore que aparentava ser a resistência, era uma mera ilusão, pois não passava de mais uma entre as árvores secas.

Esta é a situação espiritual de quem confia em homens, de quem deposita sua esperança na força do seu braço, daqueles que se apartam do Senhor, do Deus da Aliança (Jr 17.5). Podem até aparentar beleza e vigor, mas não passarão de árvores secas, desprovidas de frutos em plena estação dos frutos (Jd 1.12), serão como a palha que o vento dispersa (Sl 1), e como diz o Senhor através do profeta Jeremias, serão como arbusto solitário no deserto, morará nos lugares secos do deserto, longe dos mananciais e oásis, na terra salgada e inabitável (Jr 17.6).

Mas há esperança para estas árvores, pois graciosamente Deus abençoa aqueles que depositam no Senhor a esperança (Jr 17.7), pois ele é a fonte de águas vivas, inesgotável e abundante, de forma que resistirão ao calor, ao deserto e a solidão, pois estarão sempre na companhia daquele que faz florescer, daquele que dá o verde às folhas, daquele que é a fonte da vida (Jr 17.7).

Vida

Portanto, àqueles que têm se sentido como um arbusto solitário no deserto, há uma fonte de água viva, que quem beber jamais terá sede, que quem se alimentar dela produzirá frutos ainda que na velhice, pois serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto (Sl 92.14-15), que Cristo é a nossa rocha, que nele não há injustiça, que ele é o verdadeiro alimento, para que o nosso fruto permaneça, para que cresçamos viçosos, para que a sua glória seja vista em nós.

Timóteo Sales