“Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?” Salmo 15.1

 

Verdade

Certa vez, tive a oportunidade de conversar com um senhor sobre a adoração a Deus, o nosso dever em cultua-lo. Após algumas ponderações, ele afirmou que gostava do tempo em que as missas eram celebradas em latim; e disse que gostava porque mesmo não entendendo nada, saia sempre muito emocionado.

De fato, muitos se aproximam para buscar ao Senhor de maneira hedonista e egoísta, pensando no próprio prazer e emoções como o centro do culto a Deus. É por essa razão que muitos saem dos cultos e falam na seguinte perspectiva: “não gostei do culto hoje”, “não gostei dos cânticos”, “achei que tinha poucos hinos na liturgia”, “não gostei disto ou daquilo”. Isso acontece porque o enganoso coração humano nos faz pensar que cultuar ao Senhor é um ato que objetiva o nosso prazer, quando na verdade deveria ser questionado: “Deus se agradou do nosso serviço?”.

A vida de adoração comunitária, como igreja de Cristo, não tem o prazer humano como alvo, mas a glória de Deus. Por isso, o salmista aponta para algumas características que os servos de Deus apresentam quando se colocam no momento de adoração, e essas características vão na direção contrária ao pensamento de que o prazer humano é o alvo. Só quem pode habitar no monte e no tabernáculo, que são símbolos da presença de Deus, no contexto de adoração, são aqueles que se apresentam em integridade; integridade no caráter (Sl 15.2), integridade no falar (Sl 15.3), integridade nos princípios (Sl 15.4) e integridade nos negócios (Sl 15.5).

Quem deste modo procede, não será movido do tabernáculo, isto é, terá a sua adoração aceita pela eternidade; ele habitará na casa do Senhor para sempre (Sl 23), ele permanecerá para sempre adorando na presença do Senhor (Sl 15.5).

Vida

Esta adoração ao Senhor não é aceita porque temos integridade própria, somos pecadores (Rm 3.23), mas é recebida por Deus porque quem a faz com fé no Redentor; este viveu em perfeita integridade em nosso lugar, nos legou o seu Espírito, e por ele nos capacita a viver em integridade; e que nos apresentará no último dia imaculados (Jd 24) para uma adoração eterna.

Timóteo Sales

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