Os olhos da nação brasileira estão voltados para o carnaval, a maior festa popular Brasileira. Turistas do mundo inteiro vêm para cá, a fim de celebrar com o povo Brasileiro esta festa popular. Nas grandes cidades as escolas de samba disputam nas avenidas, passarelas e sambódromos, o lugar de destaque. Multidões fluem para esses locais públicos, para correr atrás de um trio elétrico, buscando talvez preencher o coração com a alegria. Elas bebem, elas dançam, elas pulam, elas experimentam todas as taças das delícias e prazeres que este mundo oferece; tentando encontrar nisto a verdadeira alegria. Mas o carnaval passa e muita gente chora e depois se cobre de cinzas, porque a verdadeira alegria não está atrás de um trio elétrico, nem nas ornamentações requintadas de uma escola de samba, nem na cama de um adultério, nem nas taças dos prazeres, os mais requintados; onde está a verdadeira alegria? Alguém diz: bom, mas será que é legítimo a pessoa buscar a felicidade? Será que é certo a pessoa querer ardentemente ser feliz? E eu vou lhe dizer que sim, Deus criou você para a felicidade; o problema não é a busca da felicidade, o problema é você se contentar com a felicidade pequena demais, limitada demais, terrena demais, quando Deus criou você para maior de todas as felicidades; a felicidade conhecê-lo, de amá-lo, de frui-lo. A Bíblia diz que é na presença de Deus que tem plenitude de alegria. Quantas pessoas que vão ao carnaval e voltam para casa amarrotadas, cheias de dor, cheias de culpa, feridas nas emoções, e no final desta festa vão se marcar com cinzas, porque essa alegria é fugaz, é passageira e rasa. Mas hoje eu quero falar para você desta verdadeira alegria, ela existe, está disponível para você; o apóstolo Paulo estava preso em Roma quando escreveu aos Filipenses assim: “alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez digo: alegrai-vos”.
Esta alegria tem três características bem claras: primeiro lugar, essa alegria é imperativa, alegria que não é um substantivo, é um verbo e verbo no imperativo: alegrai-vos. Ou seja, não ser uma pessoa alegre, feliz, é um pecado de desobediência a uma ordem expressa de Deus. Talvez você tem vivido dias difíceis, talvez de enfermidade, talvez de problemas financeiros, talvez de crise no casamento, ou talvez de dramas na família, até mesmo de luto, talvez você tem vivido de forma amarga, talvez você tem gemido mais do que cantado, talvez você tem chorado mais do que se alegrado, talvez você tem murmurado mais do que tenha expressado gratidão, mas a ordem de Deus para você e para mim é esta: alegrai-vos; é um mandamento de Deus, a alegria do Senhor é a nossa força, então alegre-se, alegre-se; é um mandamento de Deus para você e para mim.
Mas em segundo lugar, essa alegria não é apenas imperativa, é também ultra-circunstancial, pois Paulo diz assim alegrai-vos sempre. É claro que você e eu temos problemas, todos nós temos, tem gente que passa a imagem de que é um super ser humano, que está acima e além dos problemas da vida, que não se afeta, não se atinge pelos dramas da vida; bobagem, nós somos frágeis, nós somos vulneráveis, Deus conhece a nossa estrutura e sabe que nós somos pó, porém a alegria verdadeira ela não é uma alegria circunstancial, se eu estou com dinheiro, se eu estou com saúde, está tudo bem na minha casa, então estou feliz, mas quando chega o problema, quando chega a luta, então estou triste, não! Essa alegria é ultra-circunstancial, ela coexiste com a dor, ela coexiste com a lágrima, ela está presente até na hora mais amarga da sua vida, e é muito importante você entender uma diferença entre estar feliz e ser feliz, ou estar alegre e ser alegre, por exemplo: quando você vai a um médico para talvez um exame de rotina e ele diz: olha, você está com a doença muito grave, quando você recebe uma notícia dessa, você não está feliz, mas você é feliz se você tem Jesus. Quando você passa por um dessabor de um desemprego, em uma hora em que você precisa ser o sustentador, o provedor da sua família, você não está feliz com uma notícia dessa, mas se você tem Jesus, você é feliz, porque estar é alguma coisa circunstancial, ser é aquilo que é essencial na sua vida; quando Jesus é o conteúdo da sua alegria, você é feliz na alegria, no choro, na saúde, na doença, na hora do nascimento e até na hora da despedida e do luto. Esta é a verdadeira alegria, alegria que vence as grandes crises da vida, embora o seu rosto seja banhado de lágrimas, ferido pela dor, você pode dizer como Jó: uma coisa eu sei, é que o meu redentor vive e por fim eu verei o meu redentor. Por isso, o apóstolo Paulo traz a terceira característica dessa verdadeira alegria e diz assim: alegrai-vos sempre no Senhor; esta alegria é imperativa, esta alegria é ultra-circunstancial.
Mas em terceiro lugar, esta alegria é Cristocêntrica. Não é me alegrar com dinheiro, não é me alegrar apenas por causa da minha saúde, não é me alegrar apenas porque tem uma família maravilhosa, não é me alegrar apenas porque eu tenho amigos maravilhosos, não é me alegrar apenas porque moro em uma cidade boa, porque moro em uma casa boa, porque tenho um carro para andar, ou tenho um ônibus para andar; eu me alegro, na verdade, sobretudo, porque a minha alegria está em Cristo Jesus, ele é o conteúdo dessa alegria, o próprio Jesus é esta alegria. Paulo diz que Jesus é a nossa alegria; não era o dinheiro, o dinheiro pode acabar, não é na saúde, a saúde pode se abalar, a nossa alegria maior não está nos amigos, eles podem nos deixar, nem mesmo a família, ela pode nos faltar, mas Jesus jamais nos faltará, ele está conosco sempre, ele é o centro desta alegria, ele é o conteúdo desta alegria, ele é a razão maior da nossa alegria, por isso Paulo, preso, algemado, pôde dizer assim: alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez digo alegrai-vos.
“Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez digo: alegrai-vos” Filipenses 4.4
Rev. Hernandes Dias Lopes