6 Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. Colossenses 4.5 Verdade Quando olhamos para os primeiros dias da igreja após a ascensão de Cristo, podemos perceber que aqueles irmãos enfrentavam grandes problemas. O Cristianismo não dava espaço para o culto ao imperador, para os sacrifícios pagãos constantes na cultura; o cristão não partilhava dos rituais carregados de imoralidades, eram perseguidos, muitos perdiam bens, família e amigos. Ser cristão no primeiro século era garantia de ser considerado um louco, a ponto de serem acusados de canibais, por “comerem a carne e tomarem o sangue de Cristo”, numa referência equivocada à ceia. Diante disso, os cristãos eram difamados, e qualquer tropeço ou falta de sabedoria acarretaria no descrédito quanto ao poderoso evangelho que anunciavam. Em nossos dias a diferença talvez se dê no entendimento do que significa a ceia, mas os olhos daqueles que não professam a Cristo continuam sobre os cristãos. Um mínimo tropeço é suficiente para apontarem o dedo: “está ali o crente”, “olha lá o santo”, “quer ser melhor que os outros e olha lá o que fez”. E por vezes a nossa falta de sabedoria nas situações nos fazem perder oportunidades reais de evangelização ou mesmo de cria-las. Nesta perspectiva, o apóstolo Paulo fala sobre o dever de agir com sabedoria diante dos que não temem a Cristo. Paulo traz este imperativo presente, que fala do dever constante de andar com sabedoria. E falamos em andar, pois o verbo no texto grego traduzido por “portar”, é o verbo “andar ao redor”; ou seja, a Escritura manda andar ao redor da sabedoria, “rondando a sabedoria”, e isso, remindo o tempo e remindo o modo de falar (Cl 4.6). Vida Mas como falar de sabedoria sem falar de Cristo; a Escritura diz que Jesus é a sabedoria de Deus (1Co 1.24), ele é o Maravilhoso Conselheiro (Is 9.6), é a expressão exata do ser de Deus (Hb 1.3), é maior do que o sábio Salomão (Mt 12.42), é aquele que tem uma profunda sabedoria, e cujos juízos e caminhos são insondáveis e inescrutáveis (Rm 11.33). Assim, vivamos uma vida circundando, rodeando a sabedoria, isto é, ao “redor de Cristo”, olhando firmemente para ele, para que “os de fora” (Cl 4.5) olhem para nós e vejam Cristo, para que não percamos de vista a urgência do tempo, para que o nosso falar seja boca de Deus para abençoar e transformar vidas para a glória de Deus. Timóteo Sales Recent Posts0894 – Pais ComprometidosPais Comprometidos0893 – Amor ao dinheiro