Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações. Salmos 46:1

 

Verdade

Em 1517, um monge chamado Martinho Lutero colocou na porta da igreja do Castelo de Wittenberg 95 teses contra erros da igreja católica em relação à Bíblia. O resultado da sua ação foi uma das maiores revoluções da história após a vinda de Cristo. Lutero passou a ser perseguido por causa dos seus escritos e ensino da Escritura; chegou a ser convocado a negar os seus escritos e a fé que professava, mas firme se manteve pela graça de Deus, porém ameaçado de morte, foi levado escondido a um castelo por alguns meses.

Diante da segurança de um castelo, de um mundo em confusão e perturbado por sua causa, de um império querendo sua cabeça, do próprio Satanás querendo o fim daqueles que permaneciam em fidelidade dentro de uma igreja infiel, Lutero escreve após ter vivido essa intensidade, baseado no salmo 46, um dos hinos mais famosos em relação à Reforma Protestante, o hino “Castelo Forte”.

O salmista, profeta do Senhor, em um momento da história de Israel de similar turbulência, conclama o povo de Deus a descansar em Deus, a refugiar-se no Senhor, a aquietar o coração no verdadeiro refúgio. E ele vai apontar ao menos três grandes razões para descansarmos no castelo forte promovido pelo Senhor nas tribulações.
Na primeira, ele mostra que o Deus majestoso controla a criação (Sl 46.1-3), mostrando que ele é fortaleza, refúgio, abrigo seguro, e isso nos faz lançar fora o temor, mesmo que as maiores catástrofes naturais aconteçam.

Na segunda, o salmista vai abordar que o Deus da Aliança, Yahweh, controla as batalhas (Sl 46.4-7), assim, as nações e os ímpios não prevalecerão contra o povo de Deus. João Calvino, comentando esse trecho, disse que o auxílio divino tem muito mais preponderância do que todos os males que nos inspiram medo.

Vida

Mas finalmente, ele vai mostrar que diante das tribulações, nós devemos descansar pois esse Deus majestoso, controlador da Criação e das Batalhas, é um Deus que se relaciona conosco (Sl 46.8-11). É o Deus que prometeu ser ele mesmo o nosso Refúgio Verdadeiro. Por isso o salmista ordena que nos acheguemos e vejamos as maravilhas que ele operou, por isso, o próprio Deus ordena que sosseguemos, aquietemos e conheçamos. E para que o conheçamos, ele mesmo se fez carne, habitou entre nós, viveu e morreu por nós, ressuscitou e ascendeu aos céus para nos garantir que sempre estejamos abrigados debaixo de sua mediação, Cristo é o Refúgio Verdadeiro.

Pastor Timóteo Sales

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