O cetro dos ímpios não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda a mão à iniquidade. Salmo 125.3

 

Verdade

Quando estamos enfrentando tribulações, o nosso coração pode sugerir que não suportaremos permanecer em fidelidade diante do Senhor. Muitos chegam a dizer que Deus tem sido injusto e posto um fardo maior do que o suportável.

Alguns salmistas e personagens bíblicos perguntaram ao Senhor “até quando?”, pois as dores enfrentadas eram enormes. Mas daí a ceder a fragilidade da vontade da carne em murmurar e questionar a segurança dada por Deus ao seu povo, é um caminho contrário ao da preservação dos santos, ensinada nas Escrituras.
O salmo 125 foi escrito certamente em um momento de grande tribulação do salmista. Ele fala da confiança inabalável em Deus, mesmo em meio a um período em que o ímpio reina com seu cetro perverso sobre os justos (Sl 125.3), mesmo quando muitos que eram tidos por justos se afastam e cedem às tentações diante das tribulações e dos que tentam impelir e causarem a calamidade do povo de Deus (Sl 125.5).

É diante disso que o salmista fala da promessa gloriosa, a promessa de Deus em guardar a fé do seu povo. Esta é a parte central do Salmo, que é em forma de Quiasmo, essa estrutura literária que faz combinações poéticas, retóricas, na transmissão do texto. E introduzindo o comentário sobre essa promessa gloriosa, percebemos o salmista mostrar que os problemas chegam na vida do crente, pois ele aborda o não permanecer, descansar, sossegar do domínio do ímpio sobre o justo, pois Deus governa todas as circunstâncias da história, mesmo que de maneira temporária e aparente o ímpio governe e oprima o justo.

Essa promessa fala do governo dos ímpios não prevalecendo a ponto de o povo de Deus ser impelido à maldade e o abandono da fé. Da mesma forma como o apóstolo Paulo adverte que não somos tentados além das nossas forças, pois Deus é fiel e proverá livramento do pecado, mesmo em meio a dores alucinantes (1Co 10.12-13). É diante disso que questionamos: que desculpas temos quando pecamos, diante de uma promessa tão gloriosa?

Vida

A nossa fé não é firmada e fundamentada nas tribulações, nas oscilações do nosso coração, é fundamentada na obra perfeita de Cristo. Aquele que começou a boa obra em nós, há de completa-la até o dia de Cristo (Fp 1.6), ele é poderoso para nos guardar de tropeços (Jd 24), ele promete guardar o nosso tesouro (2Tm 1.12), guardar a nossa alma (Sl 121.7), promete quebrar, despedaçar o cetro dos ímpios (Sl 125.3), pois com Cristo reinaremos eternamente (2Tm 2.12).

Pastor Timóteo Sales

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