2 Ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Gomorra. Isaías 1.10. Verdade O pecado é odioso, e quando imaginamos situações e atitudes terríveis, imorais e violentas, a recordação vai até as cidades de Sodoma e Gomorra. Eram cidades em que a injustiça e a imoralidade imperavam, a ponto de não haver dez justos (Gn 18.32). Mas a Escritura mostra um caminho pior; pois por vezes ela compara pessoas que afirmam conhecerem a Deus como até piores do que os moradores daquelas cidades. Temos, por exemplo, Cristo falando de Corazim e Betsaida (Mt 11.21), ou ainda comparando diretamente Cafarnaum com Sodoma, pois Cafarnaum teve o próprio Cristo e o rejeitou (Mt 11.23-24). Assim, na mesma perspectiva o profeta Isaías, como boca do Senhor, denunciou o pecado do “povo de Deus”, a ponto de chama-los de príncipes de Sodoma e povo de Gomorra (Is 1.10), pois naqueles dias a pecaminosidade, iniquidade, malignidade, corrupção, blasfêmia eram parte da rotina da grande maioria; e, ainda, como a mulher de Ló, voltaram para trás (Is 1.4). Deus sempre alertou o seu povo sobre a necessidade de santidade, e esta deve preceder os exercícios religiosos, que de outra forma é mera afronta ao Deus santo e justo. Nessa perspectiva, Deus fala que a multidão dos sacrifícios que eram feitos no templo de Jerusalém não serviam para nada (Is 1.11); a presença do povo no templo era rejeitada por este Deus santo (Is 1.12), pois Deus jamais suportou ajuntamento solene associado à iniquidade (Is 1.13). Viver uma vida dupla, em que fora da igreja se vive amando os prazeres da carne (Gl 5.16-26) e pisa na igreja imaginando ser Deus obrigado a amar os exercícios religiosos, é o mesmo que colocar uma coroa de príncipe, príncipe de Sodoma, é como viver como o povo de Gomorra; expressando uma religiosidade vazia, um coração impuro, mas “cheio de direitos”, querendo receber benefícios da parte de Deus. Vida O juízo de Deus foi sobre Sodoma e seus príncipes, foi derramado sobre Gomorra e seu povo, e será derramado sobre aqueles que repetem essas obras malignas, mesmo sabendo quem é o príncipe da paz (Is 9.6), Jesus Cristo. Não adianta saber sobre Jesus e não conhece-lo de perto, não andar com ele, não tê-lo no coração, não ama-lo. Somente Cristo é capaz de nos guardar de tropeços, nos apresentar imaculados diante da sua glória (Jd 24-25); somente Cristo pode nos livrar de um cristianismo falso, de um culto sem vida de santidade. Só ele pode nos dar a coroa da vida, a qual prometeu àqueles que nele esperam, àqueles que, pela graça, vivem para ele. Timóteo Sales Recent Posts0894 – Pais ComprometidosPais Comprometidos0893 – Amor ao dinheiro