Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta. Malaquias 1.10.
Verdade
Você já imaginou a situação de ser barrado na porta da igreja? Imagine que você se prepara para o culto, acorda cedo, sai de longe para a igreja, e ao chegar na porta da igreja o diácono te barra e diz que você não pode entrar, muito menos cultuar ao Senhor? Talvez pareça algo exagerado ou uma situação até impossível de acontecer, mas espiritualmente é este o cenário traçado pelo profeta como porta-voz do Senhor.
O povo não honrava ao Senhor (Ml 1.6), se apresentava para o sacrifício com o coração distante do Senhor, profanava o Senhor com a introdução de elementos estranhos na adoração a Deus, oferecia o pior que tinham para Deus (Ml 1.8) e com uma vida contrária à Escritura queriam se apresentar para o culto ao Deus santo.
Diante disso, Deus faz um alerta para a situação, e a exclamação transmitida pelo profeta era equivalente a: “Ah, se tivesse alguém que impedisse a vossa entrada no culto”, “Se tivesse um justo para fechar as portas e não deixar que você ofereça um culto em vão, à toa”. Pois eles estavam perdendo tempo, vivendo longe de Deus e oferecendo um culto que Deus não aceitava.
Deus não tem prazer em holocaustos mais do que na obediência (1Sm 15.22), ou seja, ele não prioriza o culto frio, mas uma vida de obediência que leva a um culto verdadeiro. Assim, o versículo finaliza dizendo que Deus não tinha prazer naquele povo, pois honrava com os lábios, entravam no templo para cultuar; mas Deus preferia que as portas fossem fechadas para que o nome dele não fosse zombado com um falso culto.
Vida
Só é possível se achegar a Deus para o culto verdadeiro através da fé no Redentor. Se aproximar de Deus com elementos estranhos mais uma vida estranha às Escrituras, provocará em Deus apenas o desejo de fechar as portas diante de nós. Portanto, acheguemo-nos diante de Deus através daquele que é a porta, Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (Jo 10.9). Nele, nosso culto não é vão; nele, o Pai tem prazer em nós, e certamente aceitará a oferta das nossas mãos.
Timóteo Sales