SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração. Salmo 15:1,2

Verdade

Sofrer o dano de maneira injusta talvez seja uma das piores cargas que alguém possa levar. A injustiça é danosa, dolorosa, maligna, corrosiva, e não deveria jamais fazer parte da agenda de ações de um servo de Deus.

Mas o ponto que queremos destacar é: aquele que sofre o dano, além do dano, sofre sério risco, o risco de pecar contra o Senhor. E destacamos três perigos ocultos, que circundam a vida do servo de Deus, e que geralmente são manifestos quando este sofre uma injustiça.

O primeiro deles é a ira pecaminosa. É possível irar-se por um motivo justo, ou desejando a justiça, almejando a justa ação divina. Mas lembremo-nos que a ira está na lista de obras da carne (Gl 5.20), do modo que a chamamos de ira pecaminosa, ela é movida por uma injustiça como paga. O segundo perigo é a maledicência; somos tentados a falar mal de quem nos atinge, de quem foi o causador da injustiça, mas lembremo-nos que o nono mandamento não fala apenas do falso testemunho, mas do cuidado com a imagem do próximo (Ex 20.16). O terceiro perigo oculto da injustiça é a inveja. Por vezes somos injustiçados e tentados a não desejar que outros consigam, mesmo de maneira justa, o que nós, injustiçados, não conseguimos. Este perigo revela também uma obra da carne (Gl 5.21).  Assim, mesmo diante da injustiça, precisamos ter em mente as palavras do salmista (Sl 15), que adverte sobre o caráter de um verdadeiro adorador, que, pela graça, manifesta uma vida de prática da justiça.

Vida

Portanto, diante da injustiça, fuja do pecado, mas fuja em direção à Cristo. Ele sofreu a maior das injustiças, o justo morreu pelos injustos. E longe desses perigos ocultos, Cristo viveu de maneira perfeita, praticando a justiça em nosso lugar, para que no último dia sejamos apresentados imaculados diante do Deus que executará juízo e justiça sobre todos.

Timóteo Sales

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