“E disse ela: Ah! Meu Senhor, tão certo como vives, eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, orando ao Senhor. Por este menino orava eu e o Senhor me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor por todos os dias que viver: pois do Senhor o pedi. E eles adoraram ali o Senhor.” 1 Samuel 1. 26-28
Na verdade todos nós temos um tributo de gratidão a Deus pela mãe que temos. A minha já partiu para o Senhor há muitos anos, mas guardo no coração as lembranças doces e marcas indeléveis na minha vida, de seu exemplo, de sua ajuda, de suas orações por mim.
Eu sei que você também deve ter no coração gratidão pela sua mãe, tendo ela já partido ou estando
ainda com você. E se você tem o privilégio de tê-la ainda com você, valorize sua mãe, dedique mais tempo a sua mãe. Trabalhe toda forma de ajuda para que ela possa reconhecer da sua parte toda a bondade que ela dedicou a você.
Hoje eu quero tratar desse assunto tão sublime a luz da vida de Ana, mulher de Elcana, mãe de Samuel mulher que é conhecida na Bíblia com uma mulher de oração. Abraham Lincoln, o maior estadista norte-americano 16º Presidente dos Estados Unidos disse que um filho que tem uma mãe que ora por ele nunca é pobre. Bendito é o filho cuja mãe é uma intercessora. E Ana se destaca nesse cenário bíblico como esta mulher que queria ser mãe. Ela era estéril, tinha o amor do marido, mas tinha as acusações ou a hostilidade de Penina, sua rival. E ela orava Deus e intercedia com lágrimas, com frequência, tempos e tempos pedindo a Deus um milagre na sua vida para que ela pudesse conceber. Até o dia que Ana teve a coragem dizer “meu Deus se tu me deres um filho, eu o devolverei para ti e eu consagrarei a ti”. E diz a Bíblia que quando ela está ali derramando a sua alma na presença de Deus, colocando diante de Deus o seu desejo, seu propósito de ser mãe, o profeta Eli disse para ela assim:
– Vai em paz para tua casa e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.
E o semblante dela mudou; e a tristeza foi embora; a fé começou a reinar em seu coração e ela se apropriou daquela promessa de Deus e ela desceu para sua casa em com seu marido e coabitou com ele. Deus se lembrou dela, e concebeu e deu à luz a um filho a quem pôs o nome de Samuel, o maior profeta, o maior sacerdote, o maior juiz daquela geração, o homem que trouxe de volta nação apóstata para a presença de Deus.
Quando o Samuel foi desmamado, diz a Bíblia que ela leva Samuel ao sacerdote Eli, em Siló, e disse para ele: – por este menino orava eu, pelo que trago como devolvido ao Senhor por todos os dias da sua vida. Ana não só ora, mas ela consagra, ela não só pede a Deus um filho, mas ela devolve a Deus esse filho. Ana não apenas clama aos céus para Deus abrir a sua madre para ela conceber, mas ao conceber ela tem coragem de consagrar este filho para Deus.
Isso me emociona muito, é porque na verdade eu também sou fruto de uma consagração da minha mãe. Quando ela estava grávida, já num estado adiantado de gravidez ela caiu gravemente enferma em uma época que não tinha recursos e o médico precisou vir a sua casa porque ela não suportaria uma viagem de 40 Km em uma padiola porque não tinha estrada nem carro. E ele disse esta mulher não vai sobreviver, a única chance de salvar a mãe é sacrificar a criança e a criança está em agonia de morte e se não tirar a criança a mãe morre junto com a criança. E a minha mãe naquele momento tomou uma decisão corajosa e disse, eu estou pronta a dar a minha vida pelo meu filho, a morrer com ele, a morrer por ele, mas eu não desisto dele, eu não abro mão da vida dele. E naquele momento ela fez um voto para Deus e disse, meu Deus se tu poupares o meu filho eu quero consagrá-lo a ti para que ele seja um pregador da tua palavra, um pastor, e Deus ouviu a oração da minha mãe e eu nasci.
Se eu estou hoje aqui falando com você, trazendo essa palavra em homenagem às mães brasileiras, é porque há 62 anos uma mulher analfabeta que nunca teve o privilégio sentar num banco de escola, mas que conhecia o seu Deus, confiava no seu Deus e teve a coragem de sacrificar a própria vida dela para que eu nascesse.
E então no tempo oportuno Deus me chamou, honrando o voto da minha mãe, e eu sou pastor há 39 anos e entendo que não há nada mais sublime na vida do que ser ministro do evangelho, pastor, pregador da palavra de Deus. E eu reconheço que por trás da minha história havia uma mãe disposta a consagrar o seu filho ao Senhor.
Eu quero encorajar você mãe a colocar os seus filhos nas mãos de Deus para que eles cumpram o propósito de Deus, para que eles sejam levantados por Deus nesta geração, para serem reparadores de brechas, ministros da reconciliação, portadores da boa nova do Evangelho de Cristo Jesus. Que você mãe que tem o grande privilégio de ter nas mãos o futuro da nação, porque como dizia Abraham Lincoln, a mãos que embalam o berço governam o mundo. Você tem o privilégio de ter os seus filhos nas mãos na fase da infância, quando os principais ensinamentos devem ser ministrados ao coração deles, aproveite esse tempo mãe, para ensinar os seus filhos as veredas da justiça, o caminho da verdade e a Bíblia diz ´ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velha não se desviará dele´, que privilégio você tem mãe, de ter o futuro da nação nas suas mãos.
Eu quero hoje também recomendar aos filhos e não importa a idade que você tem, não importa a idade que a sua mãe tem, honre sua mãe, valorize sua mãe.
E hoje o programa Verdade e Vida quer homenagear você mãe desejando que Deus abençoe o seu coração.
Rev. Hernandes Dias Lopes