Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Jeremias 31:33

 

Verdade

Há um pensamento muito corrente de que a Lei de Deus não vale mais hoje. A afirmação mais comum nesta direção é a de que “nós estamos no tempo da graça”. E para entender esta questão, é importante ressaltar um pouco sobre o pacto de obras.

Deus fez um pacto de obras com Adão, prometendo vida a ele e descendência, com a condição de perfeita obediência, mas ele quebrou o pacto (Os 6.7), e juntamente com toda a raça humana, tornou-se condenada no Pacto de Obras.

Neste sentido não estamos mais sob a lei, não porque o Pacto de Obras tenha acabado, mas porque alguém veio cumprir e em um novo Pacto gracioso, dar a vida aos que creem no mediador, o Pacto da Graça, ou a Aliança da Graça. Nesta Aliança, as promessas se concretizariam na pessoa do Messias, que cumpriria perfeita e cabalmente o Pacto de Obras no lugar dos eleitos de Deus, que também sofreria em si, a punição merecida pelo primeiro Adão e sua descendência.

A administração deste pacto se deu com promessas, profecias, sacrifícios, circuncisão, cordeiro pascal, mas tudo prefigurava aquele que viria para cumprir e renovar a Aliança, descontinuando as sombras, pois ele mesmo era a finalidade da Aliança.

Nesta perspectiva, diante de um povo que quebrava constantemente os termos do pacto, a Lei, Deus relembrou graciosamente a promessa do Messias, apontando para um tempo em que a Lei seria cumprida perfeitamente pelo Messias, e ainda mais, ela seria não um fardo ou um objeto passado, mas um deleite para o seu povo, pois ela seria escrita não em tábuas de pedra, mas no próprio coração, não seria colocada dentro de uma arca, mas seria colocada em nossas entranhas (palavra traduzida por “mente”), dentro de nós.

Vida

Este tempo chegou, pois podemos ter “intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho” (Hb 10.19-20). Cristo é o cumprimento desta promessa, a sua obra garantiu que nosso coração pudesse ser cheio do Espírito Santo, garantiu que o seu povo vislumbrasse Aquele para o qual a Lei apontava, não mais através das sombras, mas da realidade que é Cristo, não como apenas criaturas, mas como filhos, adotados, povo escolhido, pois aos filhos de Abraão, que são chamados assim pela fé (Gl 3.7), ele prometeu (Gn 17.7) e cumpriu a promessa de chamar de “meu povo” (Jr 31.33; 1Pe 2.9-10), povo que ama a lei.

Pastor Timóteo Sales

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