Justo é o SENHOR em todos os seus caminhos, benigno em todas as suas obras. Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Salmo 145.17-18.

 

Verdade

A morte é um dos grandes dilemas da vida, e não é difícil chegar a um velório e ouvir uma ou outra expressão de tristeza, em que o enlutado questione a justiça de Deus por ter levado seu ente querido; por vezes tão jovem, ou tão abruptamente. A morte de fato é dolorosa, não fomos criados para ela, fomos criados para a vida.

Mas foi também em um velório que pude presenciar uma das expressões mais belas do conforto divino sobre uma família alicerçada nas Escrituras, pois a expressão dos enlutados foi um belo canto do texto em questão (Sl 145.17-18), como deve ser de todos os crentes em momentos como este; exaltando a justiça de Deus em todos os seus caminhos.

Precisamos resgatar em nossa memória triste e abalada a consciência de que, mesmo em meio às tragédias e lutas da vida, em primeiro lugar, Deus continua sendo justo, e que as ocorrências e intempéries não fogem ao seu justo controle e desígnio da história. Segundo, que ele é benigno em todas as situações, mesmo nas que não entendemos e não conseguimos enxergar. E terceiro, que o seu caráter de justiça e benignidade são expressão de que ele é um Deus que não se afastou da Criação como muitos imaginam, mas é um Deus que se importa com os destinos do homem, e sobretudo, um Deus que está perto do seu povo, perto de todos os que o invocam em verdade! Aleluia!

Vida

Não há como se aproximar de um velório e não se entristecer com o triste fim parcial de uma vida; pois a morte é o salário do pecado. Mas não há como um cristão se aproximar de um velório sem a verdadeira esperança, pois temos na pessoa de Cristo a expressão máxima da justiça divina, que foi cumprida ativamente na vida justa de Jesus e passivamente na morte substitutiva na cruz em nosso lugar; temos ainda a expressão máxima da benignidade do Deus que nos alcançou, salvando-nos (Sl 145.19), guardando-nos (Sl 145.20), habitando em nosso meio (Jo 1.14), não como um Deus distante, mas como o verbo encarnado, que está conosco todos os dias (Mt 28.20), mesmo quando a morte bate à nossa porta; pois Jesus é Justo, Benigno e Deus conosco.

Timóteo Sales

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