Mas o fruto do Espírito é: Longanimidade… Gálatas 5.22

 

Verdade

“Eu sou pavio curto”, “este é meu temperamento”, “eu sou assim”. Um discurso assim é comum quando repreendemos alguém por suas atitudes impensadas. Mas não deveria ser comum quando quem fala é um servo de Deus, alcançado pela obra regeneradora do Espírito Santo; pois essa obra promove em nós um fruto com características diferenciadas e opostas às obras da carne, opostos ao mundo, opostos às próprias tentações de Satanás.

É nessa direção que o apóstolo Paulo fala da diferença dos que são guiados pelo Espírito (Gl 5.18), pois estes não satisfazem jamais à vontade da carne (Gl 5.16). E em oposição a um coração que se agarra nas inclinações naturais de dureza no temperamento, de explosão de emoções contrárias à vontade do Espírito, e que são danosas e devoradoras do próximo (Gl 5.15), Paulo mostra um fruto de quem está ligado à videira, que é Cristo, e uma das características que destacamos neste fruto é a longanimidade.

A palavra traduzida por longanimidade tem a ideia de paciência, tolerância, clemência, disposição em aguardar e suportar o nosso irmão, mesmo que este seja o causador do mal. Na realidade é uma característica oposta ao espírito bélico dos nossos dias, em que “ter personalidade” virou sinônimo de responder com rispidez prontamente as injúrias, ou ser pronto em não ficar “por baixo” em uma agressão verbal.

Mas a personalidade daquele que teme ao Senhor é diferenciada, pois ela é lapidada à imagem de Cristo, é transformada dia a dia; as coisas velhas vão sendo deixadas para trás e o novo homem (criado segundo Cristo em retidão e justiça, procedentes da verdade) cresce para glória daquele que o criou, com um temperamento temperado pela longanimidade.

Vida

Basta olhar para o nosso padrão perfeito de uma humanidade plena, Jesus Cristo. Ele nos mostrou como a longanimidade faz parte da expressão exata do ser de Deus (Hb 1.3), ele ficou mudo perante os seus tosquiadores (Is 53.7), ele colocou a orelha de Malco de volta (Lc 22.51), ele expressa a sua longanimidade até para os ímpios, suportando os vasos de ira (Rm 9.22), por isso, para nós, cabe centrar os olhos na cruz, pois lá ele mostrou longanimidade para seu povo, deixando de nos punir definitiva e eternamente, recebendo em si, de maneira longânima, a punição pelos nossos pecados, inclusive aqueles ligados à nossa falta de longanimidade. Sê longânimo conosco Senhor!

Pastor Timóteo Sales

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