Lascívia

Verdade

As três primeiras obras da carne têm relação entre si, e falam diretamente sobre pecados relacionados à impureza sexual. Mas precisamos destacar que este pecado está também ligado, no sentido de oposição, ao domínio próprio. A ideia de lascívia é a de licenciosidade, de abandono dos próprios freios e permissividade quanto aquilo que Deus proíbe.

A lascívia é uma avidez por algo proibido, e se falando em questões de santidade e sexualidade, é o desejo por relações contrárias à Escritura, sejam elas meramente mentais, ou as que culminam no ato em si.

É interessante que o apóstolo Pedro, ao escrever sobre o juízo divino sobre Sodoma e Gomorra, fala sobre o pecado da lascívia, quando ele diz que Deus livrou Ló, por este ser afligido pelo procedimento libertino, lascivo, e de desprezo à lei dos habitantes daquelas cidades, e ainda dos falsos mestres, que induziam e enganavam em pecados similares (2Pe 2).

A Escritura sempre alertou o povo de Deus quanto a pecados desta natureza, aliás, a vergonha da nudez de Adão e Eva já tinha relação com pecados de impureza, pois o olhar de pureza foi trocado pela malícia (Gn 3.7-11).

Ao falar sobre o que contamina o homem, Cristo fala sobre aquilo que sai da sua boca, como expressão do coração, e não aquilo que entra pela boca. Nesta direção, ele mostra que de dentro do “coração é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo”, e dentre outros, a lascívia (Mc 7.21-22).

Vida

Sim, a lascívia é danosa, carnal, mortal, mas Cristo é suficiente para transformar, para fortalecer as pernas trôpegas, para levantar o caído, para restaurar o coração. Ele é o cordeiro morto para cobrir a vergonha do pecado (Gn 3.21), só por ele podemos encontrar perdão, forças e alívio contra a lascívia.

Pastor Timóteo Sales