A Bíblia diz que este Verbo eterno pessoal, divino, auto-existente, Criador e mantenedor da vida, este Verbo se fez carne, esta é a verdade espantosa, porque o que João está nos informando é que este Verbo, que é Deus, portanto auto-existente, imenso, infinito, eterno, imutável, onipotente, onipresente, onisciente, transcendente, soberano, se fez carne. Isso é algo que vai para além da nossa capacidade intelectual, é um grande mistério do Cristianismo, aliás, Atanásio, que foi o grande vencedor naquele grande embate no concílio de Niceia em 325, que derrotou as teses heréticas de Ário, escreveu um livro sobre encarnação, ele disse que a encarnação é o grande mistério do Cristianismo; senão vejamos, quando o apóstolo João diz que o Verbo se fez carne, nós precisamos entender que o Verbo sendo Deus, nem os céus dos céus pode contê-lo.

Os estudiosos afirmam que o nosso universo tem mais de 93 bilhões de anos luz de diâmetro, isso significa que se você voasse à velocidade da luz, 300 mil quilômetros por segundo, nessa velocidade você demoraria mais de 93 bilhões de anos para ir de uma extremidade à outra do universo, pois Deus é transcendente, o que significa isso? Significa que ele é maior que tudo quanto existe, que ele é maior do que todo o universo que ele criou, e se ele é transcendente nem os céus dos céus pode contê-lo agora na palavra do apóstolo Paulo em Filipenses: “Ele se esvaziou”; note você, ele não foi esvaziado, ele se esvaziou, mas esvaziou-se como? Ele que é transcendente se torne manente, e ele, que nem os céus dos céus pode contê-lo, vai se esvaziando e se esvaziado a ponto de se tornar um zigoto, um embrião, um feto, um bebê, que nasce de uma virgem é deitado numa manjedoura e enfaixado em panos, aquele bebê é o Criador do universo, é o Rei da glória, é o Criador de todas as coisas, é o sustentador do universo em suas poderosas mãos, este é o grande mistério, o Verbo se fez carne.

João vai adiante e diz, Ele habitou não longe de nós, mas entre nós, ele armou a sua tenda entre nós, ele tabernaculou entre nós, ele vestiu pele humana, ele calçou as sandálias da humildade, ele pisou nosso chão, ele bebeu a nossa água, ele comeu o nosso pão, ele chorou as nossas lágrimas, ele sentiu a nossa dor, ele carregou sobre o seu corpo, no madeiro, os nossos pecados, na verdade, ele morreu pelos nossos pecados, segundo as escrituras, foi sepultado e ressuscitou, segundas às escrituras, para nossa justificação; ele é Deus Emanuel, ele é Deus conosco, ele veio até nós para habitar entre nós, como um de nós, semelhante a nós, exceto no pecado.

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Mas João avança um pouco mais e diz que o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade, se ele tivesse vindo até nós cheio de justiça e juízo, nós pereceríamos nós não suportaríamos a sua manifestação, sabe por quê? Porque o melhor de nós, as nossas justiças, aos olhos dele não passam de trapos de imundice; ora, se o melhor de nós, nossas justiças, não passam de trapos de imundice, e o pior de nós, nossos pecados, nossas iniquidades, nossas mazelas, o que seria? Mas ele veio até nós cheio de graça, nos apanhou arruinados, depravados, escravos do pecado, escravos do diabo, escravos do mundo, escravos da nossa carne, toda inclinação do nosso coração inimizade contra Deus ,ele veio até nós quando nós éramos fracos, inimigos, pecadores, rebelados contra Deus, e ele por amor de nós se entregou, cheio de graça nos apanhou, nos transformou, nos limpou, nos lavou, nos transformou, e nos fez membros da família de Deus, e ele que é tão gracioso agora nos encaminha pelas veredas da justiça, porque também ele veio até nós cheio de graça e verdade; ao mesmo tempo que ele perdoou os nossos pecados e nos orienta caminhar pelas trilhas da justiça e da verdade, assim como ele pegou aquela mulher apanhada em flagrante adultério e disse pra ela mulher: “onde estão os seus acusadores? Eles não te condenaram? Eu também não te condeno!”, isso é graça, mas ele disse, “vai e não peques mais”, isto é verdade. A Bíblia está cheia deste equilíbrio de graça e verdade, e foi assim que Jesus se manifestou entre nós.

Mas ainda João conclui assim, vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai; glória não é um atributo de Deus, como é a santidade, a misericórdia, à justiça, glória significa a manifestação plena de todos os atributos de Deus, é Deus se manifestando em todo seu resplendor. Quando Deus mandava um profeta no Velho Testamento, ele, via de regra, apontava para um atributo de Deus em especial, Isaías enfatizou a santidade de Deus, Amós enfatizou a justiça de Deus, Ozéias enfatizou a misericórdia de Deus, mas quando Jesus Cristo veio, ele não veio para manifestar esta ou aquela virtude, este ou aquele atributo de Deus, ele veio para revelar Deus na sua essência plena, sabe por quê? Porque ele é a exata expressão do ser de Deus, ele era o respondedor da glória, nele habitou corporalmente toda a plenitude da divindade, por isso ele diz “quem me vê a mim, vê o pai, porque eu e pai somos um”; pois este Verbo divino veio para morrer pelos seus pecados, ele se encarnou, ele viveu entre nós, ele levou sobre si os nossos pecados, ele morreu naquela cruz pelos nossos pecados, ele ressuscitou, ele voltou para o céu, ele está no trono, ele vai voltar, ele é o único que pode dar salvação a você, é o único que pode perdoar você, é único que pode dar significado e sentido à sua vida. Neste natal, convido você a se voltar para Jesus, a crer nele como seu salvador, e a receber dele o maior de todos os presentes, o presente da vida eterna.

“E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” João 1.14

Rev. Hernandes Dias Lopes

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