Ídolos do coração – parte 1

Verdade

João Calvino disse que o coração do homem é uma perpétua fábrica de ídolos. E é assim pois o homem foi expulso da presença de Deus no Éden, e, afastado desta perfeita comunhão (Gn 3.23), punido com a morte espiritual (Gn 2.17), passou a tentar preencher o vazio que ficou no coração. Tateando, ele tenta achar algo que preencha esse vazio eterno, e o que ocupa o vazio, gera impulsos referentes à sua motivação central para todas as áreas da vida.

Muitos pensam que aquilo que é central e move o homem é o dinheiro, vícios, impulsos sexuais, ou outros tipos de pecados. Mas quando olhamos para a Escritura, o que percebemos é que esses e outros pecados, são a capa externa do que é na verdade o coração humano.

O que move o homem tem relação com aquilo para o qual ele foi criado. E nós sabemos até de cor que fomos criados para adorar a Deus e desfrutar de gozo pleno no próprio Deus. Assim, por causa da queda, o trono do coração do homem não é mais ocupado plenamente por Deus, mas passou a fabricar deuses diante do Senhor que nos criou.

Com isso, o que nos move é o ímpeto religioso de adoração. Daí, nosso coração sempre está ocupado com algo para adorar (pois onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração), e as nossas ações, por isso, são reflexo daquilo que adoramos.

Se Deus está no centro do nosso coração como aquele a quem adoramos, nossas ações serão reflexo da adoração ao Deus verdadeiro, se ídolos ocupam o lugar central (e aqui se encaixa dinheiro, fama, família, e tudo o que essa perpétua fábrica de ídolos, que é o coração, fabrica para pôr no lugar central de adoração), definharemos numa vida vazia e desprovida de sentido.

Vida

É por isso que Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, nos deu o seu filho Jesus, pois, por nós mesmos, estaríamos mergulhados nos ídolos do coração, falsos deuses que cultivamos, cultuamos, e que só levam à perdição. Cristo é a razão de não mais andarmos mergulhados nos falsos deuses, Cristo é o motivo de podermos adorar a Deus em Espírito e em Verdade. Se Cristo não é teu motivo para adorar a Deus, nada mais poderá ser, por outro lado, se ele não é teu motivo, rogue a ele, pois não há outro mediador entre Deus e os homens pelo qual importa que sejamos salvos, só Jesus.

Pastor Timóteo Sales