Idolatria

Verdade

Quando pensamos em idolatria em nossos dias, pensamos geralmente em artistas renomados do cinema, da música, do futebol, e isso de maneira um tanto amenizada, como algo comum, sem nenhuma conotação espiritual. Tanto é assim, que muitos pais cristãos não percebem que há um problema seríssimo mesmo neste tipo de idolatria, e, por vezes, incentivam e investem em aparatos que alimentam este pecado tão condenado na Escritura.

A Escritura é vasta em mencionar e condenar a idolatria, desde a própria revelação de Deus como o único Criador do Universo (Gn 1.1), passando pelos atos de Raquel furtando os ídolos do lar de seu pai (Gn 31.19), pelos dez mandamentos (Ex 20), e tantos outros episódios e citações de condenação, que podem ser resumidos na palavra do profeta Ezequiel contra os ídolos que até mesmo no coração são levantados.

De fato, como disse João Calvino, o coração humano é, por assim dizer, uma perpétua fábrica de ídolos, e nesta direção, o apóstolo Paulo começa a segunda parte da lista das obras da carne, mostrando que a idolatria é totalmente condenável, e faz parte da natureza carnal e não das aspirações de um coração regenerado pelo Espírito.

As práticas pagãs do tempo do apóstolo Paulo eram de cultos regados à orgias, à sacrifícios à falsos deuses, e isso explica a intensidade das citações contra idolatria e imoralidade. Em nossos dias, estes problemas não se diferem muito, a diferença é que os deuses não estão limitados a templos, mas estão estampados em cédulas, fotos, revistas, vídeos, festas, família, amigos, bens e, principalmente, enraizados no coração.

Vida

Quão difícil é vencer o pecado! Mas nós já temos esta vitória garantida; Cristo decretou e consumou a nossa redenção, e nos legou boas obras para que andássemos nelas (Ef 2.8-10). Por isso, os ídolos que levantamos, expressão de onde colocamos o nosso coração, precisam ser urgentemente identificados, e, com a força do poder que vem de Cristo (Ef 6.10-11), arrancados um a um. Que Deus nos ajude a ter o coração centrado em Cristo e não em “prazeres transitórios do pecado” (Hb 11.25-26).

Pastor Timóteo Sales