Fogo estranho

Verdade

A Palavra do Senhor alerta que obedecer é melhor do que o sacrificar (1Sm 15.22), e o texto de Levítico, mostra Nadabe e Abiú, filhos de Arão, escolhendo o caminho inverso. O texto diz que eles tomaram o seu incensário, colocando fogo, que não o fogo do altar (Lv 16.12), e puseram “fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara” (Lv 10.1).

Neste episódio envolvendo uma família de sacerdotes, ao invés do fogo consumir o holocausto, fogo este que deveria ser tirado de diante do SENHOR, eles é que foram consumidos pelo fogo do SENHOR (Lv 10.2), como sinal de juízo para aqueles que se aproximam de Deus em desobediência e irreverência; mesmo estes sendo filhos de Arão.

A Escritura mostra em sua totalidade que a adoração a Deus não segue parâmetros do coração humano ou as constantes invenções da nossa fértil mente pecaminosa. No capítulo anterior (Lv 9) a Escritura diz que Deus aceitou a oferta ministrada por Arão, e diz que saiu fogo de diante do SENHOR e consumiu o holocausto (Lv 9.24), e isso porque havia vida de obediência como base do exercício de adoração.

Logo, o texto aponta para a necessidade de reverência, vigilância e obediência nos exercícios de adoração diante do Deus da Aliança. Deus não tolera iniquidade e desobediência associada ao ajuntamento solene (Is 1.11), por outro lado, ele não despreza um coração compungido e contrito como sacrifício agradável (Sl 51.17).

Vida

O Senhor Jesus disse que “se ao trazeres ao altar a oferta”, e houver algum problema moral a ser tratado com o irmão, este precisa ser resolvido, pois a vida de obediência deve preceder a oferta (Mt 5.23-24); e é o que encontramos na pessoa de Cristo, ele foi consumido pelo fogo vingador do Deus Pai, o fogo do inferno subiu até a cruz fazendo-o gritar: “Deus meu, porque me desamparaste” (Mt 27.46), e tudo isso por causa do pecado, irreverência e desobediência do seu povo, povo eleito, visto que ele era inocente. Assim, recorramos a Cristo como o único meio providenciado por Deus para um culto agradável ao Pai, para livrar-nos de cultuarmos com fogo estranho, para uma verdadeira adoração.

Timóteo Sales