Fiel até a morte

Verdade

Dizem que o melhor amigo do homem é o cachorro, e que o mesmo é o único que não abandona o seu dono em quaisquer situações. Alguns cachorros são capazes de percorrer longas distâncias em casos de acidentes, ou para buscar ajuda ou para seguir seu dono levado em outro carro ou ambulância. Realmente é algo impressionante o amor e fidelidade de um cachorro para com seu dono.

Manter-se fiel não parece algo muito popular em nossos dias. As relações são cada vez mais descartáveis, e a cultura de cultivar o próprio prazer acima de qualquer coisa, nos tenta a romper com compromissos, e por vezes agimos pior do que um animal, pois conscientes do dever de fidelidade, por vezes falhamos para com o próximo, mas principalmente para com Deus.

A igreja de Esmirna enfrentava dificuldades a ponto de perderem a sua própria liberdade por conta da fidelidade a Cristo (Ap 2.10), mas diante das tribulações e adversidades o Senhor escreve para aquela igreja que como poucas havia se mantido em fidelidade, pela graça de Deus. O texto vai mostrar que eles andavam em fidelidade mesmo em meio à tribulação, escassez e essa fidelidade não estava baseado nas circunstâncias, mas na Palavra (Ap 2.9).

A esta igreja, Jesus deixa uma palavra de consolo, pois mesmo em fidelidade, eles seriam perseguidos, sofreriam prisões orquestradas pelas próprias mãos do diabo, seriam postos à prova com uma tribulação terrível (Ap 2.10), mas teriam a garantia da coroa da vida pela fidelidade até a morte.

Vida

O vencedor nem sempre sobrevive. Muitos servos de Deus no passado deram a sua vida para que o evangelho fosse plantado, germinasse e chegasse até nós. E a palavra de consolo à igreja de Esmirna não estava baseada em prosperidade ou saúde, mas apontava para o fato da morte ser não só possível, mas iminente para alguns crentes, porém, eles teriam o privilégio de padecer por Cristo (Fp 1.29), receber a coroa da vida (Ap 2.10), e não sofrer a segunda morte (Ap 2.11); pois haverão de ressuscitar no último dia, pelo poder daquele que é o “primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver” (Ap 2.8), Jesus Cristo; distante dele, nossa fidelidade seria no máximo como a de um cão; mas em Cristo, há garantia de verdadeira fidelidade.

Timóteo Sales