2 Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e temíveis coisas que os teus olhos têm visto. Deuteronômio 10.21. Verdade João Calvino já dizia que o coração do homem é uma perpétua fábrica de ídolos. E isso porque o homem foi criado por Deus e para Deus; e sendo assim, ele foi criado com um senso do divino e o coração projetado para a adoração ao Deus verdadeiro. Por causa da queda, o louvor e a devoção que deveriam ser dirigidas ao Deus único e verdadeiro, passaram a ser direcionadas para os ídolos que cultivamos em nosso coração. Assim é o coração humano. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, sempre manteve um remanescente fiel, ao qual derrama constantemente a sua graça salvífica, atraindo-os para si. Dessa forma, ele formou um povo do qual descenderia o Cristo, e observando de Abraão até os dias de Moisés, como em toda história, ele sustentou por amor ao seu nome, dando graça para que os seus eleitos andassem em integridade de coração, andando em todos os seus caminhos, amando e servindo ao Senhor de coração e alma (Dt 10.12), e tudo isso culminando na glória de Deus e também no próprio bem dos adoradores (Dt 10.13). Nessa perspectiva, aquele que é o dono dos céus e terra (Dt 10.14) exige do seu povo, a quem ele derrama da sua graça, um coração com marcas da verdadeira circuncisão (Dt 10.16), frutos dignos de arrependimento (Lc 3.8), um coração disposto a louvar aquele que é a expressão e o único digno do louvor deste povo, aquele que é Deus (Dt 10.21); Deus de um povo amado mesmo sem merecer (Dt 10.15). Vida Moisés fala neste texto daquele que é o Senhor dos senhores (Dt 10.17), daquele que alimenta com pão o seu povo (Dt 10.18). Certamente a Escritura estava falando do Deus único, que é grandioso, mas já estava apontando desde então para aquele que é a expressão exata do ser de Deus (Hb 1.3), aquele que é o Cordeiro vencedor, pois ele é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis (Ap 17.14), daquele que não só alimentou uma multidão tendo poucos pães (Mt 14.13-21), mas daquele que é o pão da vida (Jo 6.48), Jesus Cristo, o Deus forte (Is 9.6), aquele que é o nosso louvor, o Deus encarnado, a quem um dia todo joelho se dobrará. Ele é o nosso louvor e o nosso Deus! Aleluia! Timóteo Sales Recent Posts0894 – Pais ComprometidosPais Comprometidos0893 – Amor ao dinheiro