Ora, as obras da carne são conhecidas e são: …discórdias… Gálatas 5.19-20

 

Verdade

Certa vez ouvi de um jovem sobre um problema de trabalho em que uma falsa denúncia o prejudicou, e ao averiguar o denunciante, percebeu se tratar de um “amigo”, que diante de uma possibilidade de prejuízo ou promoção, optou pela falsa denúncia para obter a promoção, mesmo que seu “amigo” fosse o denunciado injustamente. Ao questionar o “amigo”, a resposta foi que ele deveria entender que “negócios são negócios”.

Um dos grandes problemas naquele jovem foi certamente uma “ambição egoísta”, que o levou a uma atitude de discórdia, mesmo que o atingido era considerado um amigo. E é esta mesma a ideia da palavra traduzida por “discórdia” em nosso texto.

Paulo está se referindo a uma ambição egoísta que gera discórdias; que infelizmente tem sido tratada como virtude em muitos meios. Alguns colocam esta característica ambiciosa como desejável para se galgar lugares altos no mercado ou academia. Mas se esta é a perspectiva de alguns, certamente não pode ser a perspectiva do crente.

O povo de Deus foi chamado à unidade, humildade, altruísmo, considerando os outros superiores a si mesmo como contraponto a este tipo de discórdia, carregada por sentimento partidário, faccioso e ambicioso (Fp 2.3).

Veja que vale à pena relembrar que o contexto para o servo de Deus é do fruto do Espírito, que é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22); e pensar em um sentimento tão hostil como esta obra da carne, deve nos trazer à memória o quanto todas essas características do fruto do Espírito opõem este pecado grave, danoso, que fere, que quebra relações, que destrói amizades.

Vida

Ao falar deste pecado, Paulo contrapõe falando aos filipenses com um texto bastante marcante, ele fala sobre o nada fazer por partidarismo (mesma palavra traduzida por discórdia), e mostra que Cristo teve um sentimento diferente, o de humildade; “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

Pastor Timóteo Sales

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