Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos parentes chegados. Gênesis 13.8.

 

Verdade

Abrão não era alguém pobre, Abrão tinha muitos bens, no Egito Deus o fez mais rico, contudo, o próprio Faraó permitiu com que ele levasse todos os bens (12.20). E o texto vai mostrar uma contenda entre os pastores dos rebanhos de Ló e os dos seus rebanhos. Mais uma vez, a terra da promessa parece decepcionar, primeiro a fome que o fez decidir ir para o Egito, agora não havia recursos suficientes para sua família, já que Ló era seu sobrinho, seu sangue.

Neste ponto do texto, as contendas entre os pastores dos rebanhos (Gn 13.7) eram oriundas da escassez de recursos para tantos rebanhos e pessoas em uma mesma região. Certamente a briga era por água para os rebanhos, pastos para os animais.

E diante da contenda, há iniciativa, não parte de Ló, mas de Abrão; e a iniciativa foi de ser um pacificador: “Nós somos irmãos, nós somos homens ligados um ao outro, muito próximos”, é o que afirma Abrão. Ele mostra que a contenda não poderia se estender até eles, e ainda, que a contenda não poderia existir também entre os pastores dos rebanhos.

Observe que Abrão se preocupa não apenas com uma possível inimizade entre ele e Ló, mas também entre os seus servos. Para alguém que não conhece a Cristo, seria aceitável se preocupar apenas com sua relação com o sobrinho; mas como servo de Deus e mediador pactual, ele age como um pacificador.

Logo, ao invés de buscarmos o caminho da fuga na resolução dos problemas, ao invés de pensarmos no próprio ego, nas prioridades pessoais, no orgulho, nosso coração precisa pensar na paz entre as relações, não a ponto de negociar a verdade, mas da forma que agrada a Deus, a ponto de abrir mão de direitos.

Vida

Aliás, a Escritura fala que no que depender de nós, precisamos ter paz com os homens (Rm 12.18), fala ainda que felizes são os pacificadores (Mt 5.9), mas ela fala desse procedimento como reflexo de um pacificador supremo em nós; para o qual Abrão apontava, aquele que fez a nossa paz com Deus, com o próximo e com a Criação; aquele que na cruz selou a nossa paz, nos justificando por meio da fé (Rm 5.1), Jesus Cristo, o príncipe da paz (Is 9.6). Diante das contendas, lembre-se de Cristo, ele selou o caminho da paz que devemos trilhar em meio às contendas.

Pastor Timóteo Sales

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