Confiança

Verdade

Em dias de crise o nosso coração busca avidamente por um refúgio, por algum porto seguro, por uma solução para a crise que caiba na racionalidade caída. E um dos refúgios que parece mais seguro à mente humana é a ciência. Diante de doenças terríveis esperamos pelos resultados dos exames e efeitos dos remédios; e o diagnóstico médico parece dar a sentença final sobre a vida humana. Como se o poder, conhecimento e o controle do especialista humano fosse determinante no entendimento e sustentação da vida.

Na realidade, confiar em “carros e cavalos”, como no tempo do salmista, é na verdade idolatria, é buscar o refúgio longe de Deus, é depositar a esperança naquilo que é mortal e falível, é deixar o manancial de águas vivas e cavar cisternas rotas, que não retém as águas (Jr 2.13).

O contexto do salmo mostra uma oração a Deus para que sustente a vida e decisões do rei Davi, que apesar de seus exércitos e aparato humano diante das batalhas e inimigos, poderia descansar no Deus que controla e rege todas as coisas, no Deus que responde na tribulação (Sl 20.1), no Deus que salva, e tem poder real para dar a vitória com a sua destra (Sl 20.6).

É diante do Deus providente que Davi percebe a fragilidade da confiança em refúgios humanos; pois esses refúgios, na verdade, são mera idolatria. Os carros e cavalos se encurvam e caem (Sl 20.8), mas aqueles que esperam no Senhor tem a garantia e confiança da resposta (Sl 20.9) e o consolo de que tudo coopera para o seu bem (Rm 8.28).

Vida

Essa confiança não estava fundamentada nos méritos próprios, mas na Aliança, no Deus que prometeu que jamais faltaria sucessor ao rei (1Rs 8.25), pois o Deus da Aliança é fiel e no tempo e na história cumpriria a promessa, estabelecendo o Rei que governa com cetro poderoso (Sl 110), Jesus Cristo, aquele que governa a história, os destinos, as crises, para a glória do Pai, para o nosso bem, seja na vida ou na morte. Ele tem a última palavra.

Pastor Timóteo Sales