Ora, as obras da carne são conhecidas e são: …ciúmes… Gálatas 5.19-20

 

Verdade

Quando a Escritura fala sobre o ciúme, duas perspectivas precisam de uma explicação. A primeira delas, é a perspectiva positiva, pois a palavra traduzida por ciúme, em outros contextos, pode significar zelo, defesa justa. A segunda perspectiva, é negativa, pois fala sobre um pecado, ligado a motivações injustas para esta defesa ou zelo. Esta é obra da carne.

A ideia desta obra da carne é a de um zelo desmedido, perseguidor, furioso, relacionado a rivalidade e inveja. É um sentimento egoísta, que não leva em conta o bem daquele que é o alvo do ciúme, mas apenas leva em conta um interesse ou prazer próprio.

É interessante notar também que o apóstolo Paulo cita a porfia (que em algumas traduções está como contenda) em alguns textos, citando junto o ciúme (Rm 13.13, 1Co 3.3, Gl 5.20); isso deve nos trazer o alerta para o modo como erros podem ser associados, como pecados podem ser cometidos até em infeliz sequência.

Na vida do servo de Deus o ciúme não deveria ter espaço, ele é contrário à instrução que Paulo dá aos Filipenses, pois o ciúme é partidário, vanglorioso, arrogante, egoísta; enquanto a vida cristã deveria ser permeada de humildade, altruísmo, consideração do próximo como superior a nós mesmos (Fp 2.3-4).

Enquanto as virtudes da vida cristã apontam para preferir em honra uns aos outros (Rm 12.10), o ciúme tem relação também com um desejo de posse associado à contenda contra aqueles que afrontam este desejo equivocado.

Vida

De fato, não é compatível o ciúme com uma vida centrada em Cristo. Não dá para associar alguém que deu a sua vida em favor do seu povo com alguém que chega ao ponto de intentar contra a vida daquele que é objeto do seu ciúme. Absolutamente não há compatibilidade deste sentimento faccioso e egoísta com a unidade e altruísmo que o evangelho de Cristo demonstra; aqueles que temem verdadeiramente a Cristo, ao se depararem com este sentimento, fruto do velho homem, devem agir como quem já crucificou a carne com suas paixões e concupiscências, pois, como temos enfatizado, já pertencem definitivamente a Cristo (Gl 5.24).

Pastor Timóteo Sales

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