Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós. Gênesis 17:11

 

Verdade

É totalmente compreensível que um marido ou esposa estranhe que seu cônjuge se recuse a usar o sinal visível, externo da aliança do matrimônio, que em nossa cultura é um anel. Imagine, por exemplo, que ele retira o anel todas as vezes que entra no seu trabalho sem uma justificativa plausível. O ato deliberado geralmente aponta para uma negação daquilo que o anel significa; na verdade, quem age assim geralmente está negando o seu casamento. Negar o símbolo é negar aquilo que ele significa.

Guardadas as devidas proporções, a Escritura fala do sinal da Aliança. A Aliança de redenção passaria a trazer um sinal cruento (com sangue), na carne, que representava a graça interna de viver em Aliança com o Deus Eterno. De forma que a recusa ao sinal traria mais implicações do que a de um marido ou esposa que escondam anel.

A circuncisão era a retirada de carne do prepúcio do menino, ou do homem, caso entrasse na Aliança na idade adulta, e simbolizava a retirada de impureza, não literal, apesar do sinal externo ser literal, mas era símbolo de uma operação divina operada no coração.

A partir deste rito e sinal, o povo de Deus carregava em si o sinal da relação mais importante da vida do homem, e esta retirada do prepúcio apontava para o caráter permanente da Aliança; ele não poderia ser revertido, o que trazia o ensino sobre o período de permanência da Aliança nos que verdadeiramente participavam dela.

Este sinal era com sangue por conta da Queda, e era no órgão gerador da descendência, pois as implicações da Aliança tinham relação com a descendência e principalmente com o descendente que consumaria a Aliança.

E este descendente chegou, Cristo; aquele que veio consumar a Aliança, pôr fim aos sacrifícios e ao próprio rito da circuncisão, pois ele derramou todo o sangue necessário, retirando a necessidade de continuidade do modelo do sinal. Porém, a necessidade de um sinal externo e anunciativo não foi revogado.

Vida

Por isso, Jesus instituiu o novo sinal da Aliança, não mais com sangue, não mais doloroso, não somente nos representantes, mas com a água do batismo (Cl 2.11-12). É diante da obra maravilhosa do Senhor, e do seu imperativo de continuidade de um sinal para a Aliança, que recusar o sinal da graça, o batismo, é inconcebível para aqueles que foram resgatados e inseridos na Aliança. Cristo consumou a sua obra e nos deu a ordem e o privilégio de recebermos o sinal da nova Aliança; pois a promessa é para nós e as nossas crianças (At 2.38-39).

Pastor Timóteo Sales

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