Vinde, cantemos ao Senhor, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação. Salmos 95.1

 

Verdade

Por vezes somos tentados ao pecado da murmuração. Mesmo tendo recebido de Deus tantas dádivas, e em todo o tempo desfrutando de sua graciosa provisão, somos tentados a murmurar quando nos falta aquilo que pensamos necessitar; e falamos sobre “pensar necessitar” pois Deus mesmo é quem sabe do que realmente precisamos (Mt 6.32), antes mesmo de pedirmos (Sl 139.4).

O povo de Israel, estando no deserto, mesmo tendo visto as grandes obras divinas de libertação, diante de uma dificuldade murmurou, contendeu, esbravejou contra os líderes e principalmente contra o Senhor (Nm 20, Ex 17). O povo teve um grande privilégio, o de ver sinais e prodígios atestando a soberania divina sobre tudo e todos; os sinais de Moisés e Arão, as pragas contra Faraó e os egípcios, a abertura do mar, o maná, a coluna de fogo e a nuvem (Ex 13.21-22), mas, mesmo assim, murmurou por causa da temporária sede (Ex 17.3).

Como os murmuradores não se recordaram que Deus mesmo foi quem transformou a água dos egípcios em sangue, e depois o sangue em água (Ex 7)? Será que ninguém se lembrou que Deus domina sobre as águas, já que presenciaram o mar dividido como colunas (Ex 14.21-22)? É por isso que o salmista convoca o povo de Deus à celebrar, cantar ao Senhor, com júbilo, pois ele é o Rochedo da nossa Salvação (v.1); ele é a rocha da qual brotou a água que salvou o povo da sede no deserto (Ex 17.1-7); ele humilhou os deuses do Egito (v.3); o seu poder para abrir o mar vem do fato de ser ele o seu dono (v.5); ele é o nosso Criador (v.6), mas é também o Deus conosco, é o nosso pastor (v.6).

Diante desse Deus, mesmo nas provas, nossos lábios devem proferir palavras que edificam, transmitam graça (Ef 4.29), pois alguém cheio do Espírito Santo evidencia o desejo de celebrar, louvar com hinos e cânticos espirituais, como expressão de gratidão, em nome do Senhor Jesus (Ef 5.18-20).

Vida

Vinde, celebremos o Senhor que nos salvou! Na pessoa de Cristo nosso coração pode se alegrar mesmo em meio às provas, à escassez; nele temos a garantia de entrarmos no descanso eterno (v.11); nele, nosso coração foi amolecido, para que o canto de murmuração fosse substituído pela celebração. Diante das lutas, celebre o nome daquele que providenciou a verdadeira água, não somente a que sai da rocha, mas a água da vida, para quem as águas de Meribá apontavam: Jesus; aquele que sacia a nossa alma, e não mais nos permite ter sede. Ao invés de murmurar, celebre a Cristo, ele é o nosso Redentor.

Pastor Timóteo Sales

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