Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto? Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo? Sl 13.1-2.

 

Verdade

Até quando continuarei neste leito de enfermidade? Até quando continuarei a viver esta angústia dentro da minha alma? Até quando verei meus filhos longe do evangelho? Até quando continuarei a passar aperto financeiro? Até quando, Senhor?

Essas são apenas algumas questões dentre as mais diversas que afetam o coração dos crentes todos os dias. E mesmo àqueles que vivem em plena comunhão e, por graça divina, é mantido em fidelidade, as dúvidas não lhes são desviadas. Pois mesmo o justo sofre e padece necessidades.

Davi não era um homem de vida tranquila; praticamente, foi ele perseguido durante toda a sua vida. Desde a unção como rei, feita pelo profeta Samuel, o rei Saul iniciou uma perseguição por achar ser ele um usurpador do trono, prosseguindo até as perseguições de seus filhos, e passando pelas guerras com inimigos de Israel, a Bíblia mostra que sua vida foi dura por circunstâncias diversas, inclusive por seu pecado com Bate-Seba.

E diante de tantas angústias, o salmista Davi também tem momentos em que a sensação de esquecimento por parte de Deus passa à sua mente, e o aflige, a ponto de perguntar: “até quando, SENHOR?”. Mas o próprio salmista tem consciência de que Deus atenta para os seus, e aponta a segurança da sua fé; ela não estava na sua própria fidelidade, mas estava fundamentada na graça de Deus, que ele não merecia, mas lhe foi garantida pela aliança do Deus que salva (Sl 13.5); além da gratidão, pelo Deus que sempre lhe promoveu o bem (Sl 13.6).

Vida

A confiança de Davi estava no Deus da Aliança! No Deus que tem o seu tempo determinado para todas as coisas (Ec 3), no Deus que cumpriu a Aliança do descendente que se assentaria no trono (1Rs 8.25), no Deus que enviou o seu Filho Unigênito, o filho de Davi (Mc 10.47), para assentar-se no trono, para que o nosso grito de “até quando?”, tenha uma resposta: “até o dia do Senhor Jesus” (Fp 1.6), dia em que ele enxugará dos olhos toda lágrima, quando o luto já não existirá, quando a morte será finalmente morta (Ap 21.4). Nesse dia, Jesus porá um fim em todas as nossas dúvidas.

Timóteo Sales

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