A admissão de outros deuses

Verdade

Você já se imaginou navegando na Baía de todos os santos com outros crentes, servos de Deus, levando muitas flores no barco e depositando nos mares em um 2 de fevereiro, dia de festa para Iemanjá? Ou ainda participando da lavagem da escadaria da igreja do Bonfim (festa sincrética na Bahia)? Ou ainda com estátuas de Buda esculpidas talentosamente em mármore na sala de sua casa? Certamente você estranharia um servo de Deus admitindo esse tipo de ação, muito menos em sua casa.

Mas imagine que isso ocorra daqui a 200 anos, e a desculpa utilizada por esses crentes seja: “poucos têm isso como algo religioso, virou cultural”. Sim meus irmãos, esse argumento, usado vastamente em nossos dias, vai na contramão do ensino da Palavra de Deus acerca do culto a falsos deuses.

Abordamos nesta perspectiva pois o verbo traduzido por “terás”, é o verbo “ser, estar, existir” na língua hebraica. Uma tradução bem literal e que talvez dificultaria o entendimento seria: “não existirá para ti outros deuses perante minha face”.

A ideia é a de que não se pode admitir, cultivar, permitir sequer a existência, a permanência desses falsos deuses no meio do povo de Deus. Israel não podia admitir a existência de nenhum outro deus, visto que são falsos, são meros ídolos feitos pelas mãos ou criados pelas mentes humanas.

Quando avançamos e vamos para o período apostólico, o problema era visto abertamente. As nações dentro do império tinham certa liberdade de culto a seus falsos deuses, mesmo que o império não acreditasse neles, e os tivesse por falsos, a presença, o culto, a veneração, a lembrança cultural era permitida abertamente. De maneira contrária, o mandamento fala que Israel não deveria tolerar a mera presença desses falsos deuses, pelo contrário, deveria lançar fora!

Vida

É nessa perspectiva que Jesus nos ensina que não podemos servir a dois senhores. Não podemos servir a dois deuses, ao Deus verdadeiro e a um falso deus. Deus não admite um coração dividido; o Deus verdadeiro não permite, nem dá qualquer liberdade para que cultivemos outros deuses, falsos deuses. Antes, Deus requer que o seu povo tenha um coração centrado em Cristo, no qual reside corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9); assim, ao invés dos ídolos, volte-se para Cristo.

Pastor Timóteo Sales