“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

João 3.16 é a miniatura da Bíblia; é a Bíblia em síntese, em resumo. As palavras são proferidas por Jesus quando ele estava conversando com um dos membros do Sinédrio, chamado Nicodemos, que era mestre em Israel. Este versículo resume, de maneira singular, o grande amor de Deus por você. Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.

Destaco aqui alguns pontos deste texto sublime.

Primeiro: o maior Doador. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu…”

Este Deus é o único Deus vivo e verdadeiro. É o Deus Criador; é o Deus da providência; é o Deus da redenção. É o Deus autoexistente, infinito, imenso, eterno, imutável, onipotente, onipresente, onisciente, transcendente, soberano. É o Deus Santo! Santo! Santo! É o Deus fiel, justo, verdadeiro. É o Deus que amou você de tal maneira.

Que coisa fantástica ser amado por Deus! Nada mais importante do que isso: saber que o Criador do universo, aquele que sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder, ama você.

Mas aqui, não vemos apenas o maior Doador; vemos também a maior Dádiva. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”.

Deus deu tudo, Deus deu a si mesmo, Deus deu o seu Filho.
Mas Deus, deu seu Filho para vir a este mundo; e ele, sendo Deus, “não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou” (Filipenses 2.6,7).

Sendo ele transcendente, que nem os céus dos céus podiam contê-lo, ele foi se esvaziando a ponto de se tornar um zigoto, um embrião, um feto, um bebê que nasceu de uma virgem, foi enfaixado em panos, deitado numa manjedoura.

Ele, sendo Deus, Criador do universo, aprendeu pelas coisas que sofreu. Pisando o nosso chão, bebendo a nossa água, comendo o nosso pão, chorando a nossa lágrima, sentindo a nossa dor, carregando sobre o seu corpo, no madeiro, os nossos pecados.

Deus deu seu Filho, não para vir ao mundo e ser exaltado pelos homens – ele que era exaltado pelos anjos –, mas Deus deu o seu Filho para vir a este mundo ser cuspido pelos homens, esbordoado pelos homens, a ponto de ser rejeitado mais do que todos os homens.

Deus deu o seu Filho para que, aqui, ele fosse preso, julgado, condenado, açoitado, vilipendiado e pregado na cruz como um malfeitor, como um blasfemo, como um conspirador. Deus deu o seu Filho para que este Filho tomasse o nosso lugar. Deus não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou. Não há maior prova de amor do que esta: “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8).

Cristo sorveu o cálice da Ira que eu deveria beber cada gota. Ele tomou o meu lugar, levou sobre si o meu pecado, carregou sobre si a minha culpa e morreu a minha morte, no meu lugar, como meu substituto, como meu fiador. Oh, tão grande amor! Tão sublime amor! Eterno amor! Amor sacrificial!

Mas, em terceiro lugar, encontramos não apenas o maior Doador, a maior Dádiva, mas agora, o maior necessitado: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira”.

Aqui, eu quero sugerir a você que coloque o seu nome no lugar do “mundo”. “Porque Deus amou você de tal maneira!” Se tivesse apenas você no universo inteiro, Jesus teria vindo para morrer por você, por mim. Você e eu somos os maiores necessitados. Nós não podemos salvar a nós mesmos; nós não podemos purificar a nós mesmos; nós não podemos perdoar a nós mesmos; nós não podemos transformar a nós mesmos.

Ou Jesus nos salva, ou perecemos. Ou ele nos leva até o Pai – porque ele é o caminho para o Pai –, ou ele nos introduz na Sala do Trono da Graça – porque ele é a Porta –, ou ele nos reconcilia com Deus – porque ele é o Mediador –, ou perecemos inevitavelmente.

Nenhuma religião pode nos salvar, nenhuma obra meritória é suficiente para nos salvar, nenhum ritual religioso pode nos salvar. A Bíblia diz que não há salvação em nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos, a não ser no nome de Jesus (Atos 4.12).

Foi Jesus Cristo mesmo quem disse “Eu sou o caminho, eu sou a verdade, eu sou a vida; e ninguém vem ao Pai senão por mim. (João 14:6). Jesus Cristo disse “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (João 10:9).

Eu sou necessitado, eu careço da Graça de Deus, eu preciso dessa salvação. Eu sou o maior necessitado, e você também!

O maior Doador,
A maior dádiva,
O maior necessitado.

Mas agora, em quarto lugar, o maior propósito: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.”

Há aqui uma possibilidade de perdição eterna, de perecer. Se falarem para você que o inferno não existe, se falarem para você que a morte acabou com tudo e não tem mais nada pela frente, se falarem para você que a eternidade é balela, se falarem para você que não importa como você viva sua vida aqui, no final vai dar tudo certo, não acredite nisso. O que está em jogo é o seu destino eterno.

Jesus Cristo veio ao mundo para livrar você da Ira vindoura. Há uma condenação eterna. O inferno não é uma balela, não é um mito; ele existe. E quem mais falou sobre o inferno foi Jesus. Sabe onde o inferno fica? No final de uma vida sem Cristo.

Jesus veio ao mundo exatamente para livrar você da condenação eterna; “para que todo que nele crê não pereça”.

Se você perecer, não é porque não ouve redenção e salvação; é porque você rejeitou esta salvação, esta redenção. Eu apelo ao seu coração; os profetas, os apóstolos, os pais da igreja os irmãos nossos que nos antecederam, apelam ao seu coração para que você se volte para Deus enquanto é tempo, enquanto você pode invocá-lo, enquanto ele está perto. Porque, o contrário disso é perecer, e perecer eternamente.

Mas o texto prossegue e diz o seguinte: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”.

Se você crer, você tem a vida eterna.
O texto não está falando se você fizer obras, se você fizer sacrifícios, se você for membro de uma igreja apenas, se você for apenas batizado, não! Se você crer, como diz a Escritura. Isso significa dizer: “eu transfiro toda a minha confiança: do que eu sou, do que eu faço, e coloco essa confiança em Jesus.

Se você crer, se você confiar que Jesus Cristo veio ao mundo para assumir o seu lugar e morrer naquela Cruz pelos seus pecados, e que ele ressuscitou para sua justificação; se você crer, você tem a vida eterna; uma vida que nunca acaba, cheia de deleite, de prazer, de delícias, na presença de Deus, glorificando a Deus, conhecendo a Deus servindo a Deus por toda a eternidade, sem lágrima, sem dor, sem sofrimento.

Este é o maior presente que alguém possa receber. Não se compra com ouro e com prata, não se merece, mas se recebe de graça pela fé em Cristo Jesus.

 

Rev. Hernandes Dias Lopes

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