“Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.”
Jó1.5

Amanhã é o Dia dos Pais e queremos homenagear a todos os pais da nossa vasta nação brasileira. Eu quero dizer a você que ser pai é um grande privilégio mas uma imensa responsabilidade. Agostinho, chamado de Aurélio Agostinho, o mais destacado o pai da igreja que viveu no século 4 e 5 disse que um pai deve educar o seu filho 20 anos antes dele nascer. A sua formação agora vai ser a base para sua nobilíssima missão de paternidade amanhã. É claro que é mais fácil ter sucesso fora de casa do que dentro de casa, é mais fácil ser um herói portão para fora do que portão para dentro. Grandes homens que conquistaram vitórias esplêndidas na área pessoal, na área financeira, na área profissional, fracassaram dentro do lar. Você encontra homens da estirpe de Isaque que falhou como pai, o patriarca tão renomado Jacó também falhou como pai. Você encontra um homem da estatura do Rei Davi, um homem segundo o coração de Deus e falhou como pai. E eu fico imaginando que se homens desta estatura espiritual falharam na missão da paternidade, eu e você precisamos da graça de Deus para exercermos esta nobilíssima missão da paternidade.

Eu gostaria de trazer então à sua memória esclarecida a história de um homem conhecido como patriarca Jó, ele foi o homem mais piedoso da sua geração e não foi opinião de homens mas o próprio Deus quem disse que não há ninguém na Terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Ele tinha dez filhos e o verso 5 traz para nós um roteiro da sua postura como o pai por que diz a Bíblia que decorrido o turno dos dias de seus banquetes chamava Jó os seus filhos e os santificava. Jó era aquele pai que tinha liderança sobre os filhos mesmo depois deles casados, deles adultos. Ele tinha capacidade de convidá-los, de chamá-los e eles virem.

A vida de Jó era a base da autoridade dele como pai. Jó estava preocupado não com a vida financeira dos filhos em primeiro lugar mas preocupado com a vida espiritual dos seus filhos em primeiro lugar. Jó os chamava não para dar palestras de vida financeira ou de como eles poderiam ficar mais ricos e ampliar as suas fortunas mas Jó os chamava para santificá-los. Mas Jó não fazia isso apenas diante dos filhos, diz o texto que ele se levantava de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles e eram dez filhos.

Jó se colocava como intercessor dos seus filhos, como sacerdote do seu lar. Ele se preocupava com a vida espiritual dos filhos ele velava e zelava pela vida espiritual dos filhos e mais, o texto diz que Jó assim dizia talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Isso significa que Jó estava preocupado com a glória de Deus mais do que com sucesso dos filhos e não importava para Jó os filhos demonstrar uma vida bonita externamente, ele está preocupado com que estava no coração dos filhos era o zelo pela glória de Deus mas Jó não fazia isso ocasionalmente, de vez em quando, quando a coisa apertava, quando a crise chegava, não, o texto termina dizendo assim o fazia Jó continuamente. Como nós precisamos de pais da estirpe de Jó, pais exemplo, pais intercessores, pais que estão na brecha em favor dos filhos. Esta é a grande missão do pai, de ser aquele que instrui e aquele que intercede, aquele que fala de Deus para os filhos e aquele que fala dos filhos para Deus.

A Bíblia nos ensina lá em Deuteronômio, capítulo 6, que os pais só podem ensinar os filhos quando eles foram ensinados por Deus. Amarás pois o Senhor teu Deus de todo o teu coração de toda a tua alma e de toda a tua força de todo o teu entendimento e estas palavras que hoje Te ordeno estarão no teu coração e tu as inculcarás aos teus filhos, ou seja, o pai só pode dar aquilo que ele recebe, se o pai não anda com Deus ele não pode ensinar os seus filhos andarem com Deus, se ele não estuda a palavra ele não tem o que ensinar para os filhos, se ele não é um homem de oração ele não pode motivar os filhos a orar, se ele não conhece , se ele não ama Deus ele não consegue ensinar os seus filhos a amar a Deus. Albert Schweitzer disse com razão que o exemplo não é apenas uma forma de ensinar é a única forma eficaz de fazê-lo.

A vida do pai é a base da sua liderança paternal e os nossos filhos nos observam mais do que nos escutam, os nossos filhos nos veem mais o que nos ouvem e por isso a escritura nos informa aqui você deve ensinar a criança no caminho em que ela deve andar e ensinar no caminho é ser exemplo, é ser paradigma. O pai é como é um espelho para os filhos, o espelho é mudo mas o espelho demonstra, e nós precisamos com a nossa vida demonstrar para os nossos filhos a quem servimos a quem amamos e assim como Jó, instruir os nossos filhos nos caminhos de Deus.

A Bíblia nos diz em Efésios capítulo 6, versículo 4: e vós pais – e pais aí não é pai e mãe na língua grega, pais homens pais maridos – e vós pais, não provoqueis vossos filhos a ira mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. Você pai não pode provocar seus filhos à ira para que eles não fiquem desanimados. Você precisa ser consistente, suas palavras não podem estar contrárias a sua vida não pode ter um hiato, um abismo entre o que você fala e o que você vive e desta maneira você vai destruir os seus filhos tanto pela disciplina ou pela palavra tanto disciplina como admoestação. E você vai levar os seus filhos a conhecer a Cristo se tornando se não apenas pai biológico mas também pai espiritual dos seus filhos. Que Deus abençoe o seu coração Pai.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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