Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. 1ª Coríntios 10.31

 

Verdade

Deus é Deus, e não precisa de criaturas para o tornarem mais glorioso. A Confissão de Fé de Westminster, quando fala da Santíssima Trindade (Cap. II.II) diz que “Deus tem em si mesmo, e de si mesmo, toda a vida, glória, bondade e bem-aventurança. Ele é todo suficiente em si e para si, pois não precisa das criaturas que trouxe à existência, não deriva delas glória alguma, mas somente manifesta a sua glória nelas, por elas, para elas e sobre elas”.

De fato, este resgate teológico centrado na glória de Deus foi alcançado na Reforma Protestante do Século XVI, após séculos de escuridão espiritual, em que a glória de Deus na pessoa de Cristo havia sido transportada para alguns santos (imagens de escultura), relíquias, igreja e até para o papa, supostamente “glorioso” a ponto de declarar perdão e indulgência.
Diante do cenário, a Reforma Protestante, fruto da graça de Deus, trouxe de volta aos eixos o tema da glória de Deus; afinal, a Escritura é clara ao declarar que tudo o que fazemos, seja o simples comer ou beber, deve ser centrado na glória de Deus, pois ele mesmo foi quem disse: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Is 42.8).

Com essa consciência da glória dada somente a Deus, Paulo escreve sobre comidas sacrificadas a ídolos, mostrando que os ídolos nada são, e que o amor ao próximo deve ser parâmetro em nossas ações, mas ele finaliza mostrando que o comer ou beber deve ter como baliza central a glória de Deus (1Co 10.31).

Sendo assim, precisamos olhar para a nossa vida e perceber o quanto somos tendenciosos a usurpar a glória que pertence ao Rei dos reis, somos orgulhosos e queremos primazia, queremos holofotes, e acabamos por esquecer que somos pó e ao pó retornaremos (Gn 3.19).

Vida

Como um breve vento é a nossa vida, e é diante dessa consciência que os nossos olhos precisam focar na pessoa de Cristo, ele sim deve ser glorificado, a glória pertence a ele. Ele é a manifestação visível da glória de Deus, a sua glória foi revelada, glória como do unigênito do Pai (Jo 1.14), os discípulos viram a sua glória e creram nele (Jo 2.11). Os nossos olhos não viram o Verbo da vida (1Jo 1.1), mas mesmo não vendo, nós podemos crer no filho glorioso do Pai (1Pe 1.8). Glória somente a Deus!

Pastor Timóteo Sales

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