Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2.8-9

 

Verdade

Que farei para ter a vida eterna? Esta pergunta é antiga quanto a Queda dos nossos primeiros pais! E a resposta a este questionamento do homem, quando traçada pelo próprio homem, cairá sempre em boas obras. Assim foi a tentativa de Adão e Eva de cobrir a vergonha do próprio pecado, quando estes colheram folhas de figueiras e fizeram cintas (Gn 3.7), que continuaram a trazer vergonha e medo (Gn 3.8-10).

Daí em diante, basta observar na história das civilizações, pois as tentativas humanas de redenção autônoma só criaram religiões em que o coração humano não é tão caído quanto a Escritura ensina, a ponto dele conseguir através de boas obras merecer a salvação. Por isso também, as seitas e falsas religiões crescem tanto, pois propõem boas obras, ritos e esforço humano como o caminho da vida eterna.

Mas não é assim que a Escritura nos ensina. Na realidade só entendendo o tamanho da Queda podemos perceber a insuficiência humana e a necessidade total da graça de Deus. E por perder de vista a Queda, o catolicismo imergiu em um abismo de ritos, boas obras e penitências para tentar ajudar a salvação que é conseguida somente pela graça.

A Escritura nos mostra claramente que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23), que não há um só justo sequer, nenhum que busque a Deus, pelo contrário, todos se desviaram da verdade e se tornaram inúteis para fazer boas obras (Rm 3.10-12), que éramos por natureza filhos da ira (Ef 2.3), mortos nos delitos e pecados (Ef 2.5). De modo que, em um estado de decomposição espiritual tão grande, é impossível para qualquer pecador alcançar a salvação por méritos próprios, por maior que seja os esforços, já que as nossas justiças, sem a obra graciosa de Cristo são trapos de imundícia (Is 64.6).

Vida

“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos e pecados, nos deu vida juntamente com Cristo” (Ef 2.4-5), por isso, pensar em salvação meritória é não conhecer o Deus que nos dá a própria fé como dom imerecido, por meio da qual recebemos a graça salvífica (Ef 2.8-9). Não é por obras, não é por méritos, não é por indulgências, não é pelo cumprimento da lei, mas pela graça de Cristo somos salvos. Não pela graça somada a mais alguma coisa, mas somente pela graça.

Pastor Timóteo Sales

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