Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia. Isaías 64.6

 

Verdade

A queda do ser humano é tão evidente na prática que o próprio ser humano cogita não ter problemas. Nos referimos ao fato de muitos cogitarem sermos como “tábulas rasas”, ou que a culpa dos nossos erros está na sociedade que tenta nos corromper. Qualquer ideia semelhante a esta, por mais persuasiva que pareça é um engano.

A Escritura é muito clara em mostrar que desde a nossa concepção somos culpados, nascemos em pecado, nos desencaminhamos e proferimos mentiras desde a mais tenra idade (Sl 51.5; 58.3). Sim, a situação do homem é terrível, mas mesmo com tanta gente aparentemente boa no mundo, a situação certamente seria pior não fosse a graça de Deus.

O profeta Isaías denuncia que a nossa situação é de imundícia, e o que entendemos como justiça é totalmente desprezível ante a santidade de Deus. Na realidade a Queda no Éden levou o homem ao pior dos abismos em uma depravação generalizada, de modo que todas as áreas e aspectos da realidade foram atingidos pelo pecado de maneira profunda. Mas o freio da graça comum sobre os ímpios e da graça especial sobre os eleitos, não permite que os homens adentrem em uma forma de vida tão destrutiva que tornasse impossível a salvação dos eleitos.

Aliás, a Escritura fala da abreviação dos últimos dias, pois a iniquidade e a falta de amor serão marcantes e profundas nos homens, a ponto de provarem os eleitos até as últimas forças (Mt 24.22).

Portanto, precisamos da consciência de que éramos por natureza filhos da ira (Ef 2.3), de que o pecado afetou a raça humana de tal forma que o “bem” sem a mediação de Cristo é “trapo de imundícia”, que todas as áreas foram atingidas da mesma forma que todas as áreas são pela Redenção.

Vida

Pensar em Depravação Total, mesmo que nos lembre mais forte da Reforma Protestante do Século XVI, deve nos fazer lembrar da Cruz. Pois a nossa condição de depravação nos deixa tão clara a necessidade de um Redentor, de alguém que pagasse numa cruz maldita a profundidade e abrangência do nosso pecado, e que nos redimisse da nossa condição insuperável, tamanha era a profundidade do poço de lamaçal que nos encontrávamos neste maldito destino. Louvado seja Deus por Cristo, pois por ele seremos apresentados imaculados diante da glória do nosso Deus e Pai (Jd 24).

Pastor Timóteo Sales

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