0 Mas o fruto do Espírito é: Paz… Gálatas 5.22 Verdade Falar de paz para um israelita nos tempos bíblicos era falar de algo grandemente almejado; basta observar que os salmos frequentemente falavam sobre paz sobre o povo de Deus (Sl 122.6; Sl 125.5; Sl 128.6). Israel teve uma história conturbada e nunca desfrutou talvez de um século de paz. Viveu 400 anos no Egito em vida dura, atravessou 40 anos no deserto, passou anos sem um rei, e cada um fazia o que achava mais correto (Jz 21.25); e mesmo no período dos reis, a tão sonhada paz na terra prometida nunca foi plena, ainda que por breve tempo desfrutasse de paz nas fronteiras (1Rs 4.24). Mas logo a divisão do reino (Norte e Sul), exílio do reino do norte, e cativeiro babilônico do reino do Sul mostraram ao povo de Deus que a paz não pode ser alcançada pelo braço humano. Por isso, cada rei, cada período da história de Israel, cada momento sem desfrutar a plenitude da paz, fazia com que o povo almejasse o príncipe da paz (Is 9.6). É daqui que chegamos na concretização da promessa, Jesus Cristo. A obra de Cristo vem para decretar e selar a promessa de paz sobre seu povo. A declaração dos anjos em seu nascimento fala de paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem (Lc 2.14), Cristo repetiu diversas vezes “vai-te em paz” (Lc 7.50, 8.48), e o evangelho da paz passou a ser anunciado (At 10.36); não de uma paz superficial, mas de uma paz que começa no coração transformado e transbordante da paz que excede todo entendimento (Fp 4.7), e que transforma um causador dos males em um pacificador (Mt 5.9). Aquele que foi alcançado pelo reino de paz de Cristo, tem a sua paz como árbitro (Cl 3.15), tem paz com todos os homens quando depende dele (Rm 12.18), e isso porque encontrou a verdadeira paz, a paz com Deus por meio da justificação em Cristo (Rm 5.1). Vida Cristo é o Senhor da paz, e aqueles que têm paz nele, não se desesperam nas aflições (Jo 16.33), transbordam paz nos conflitos (Mt 5.9), pois receberam dele mesmo a paz, não como o mundo dá (Jo 14.27), mas uma paz que não depende das circunstâncias e que aguarda ansiosamente a consumação dos séculos, tempo em que a plena paz será estabelecida para seu povo, tempo em que refletiremos a sua paz de maneira plena, tempo em que o fruto do Espírito não será maculado com as manchas do pecado, mas terá o sabor da restauração perfeita, da paz plena já decretada por Cristo na sua obra redentora. Cristo é a nossa paz! Pastor Timóteo Sales Recent Posts0894 – Pais ComprometidosPais Comprometidos0893 – Amor ao dinheiro