Os que confiam no SENHOR, são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre. Salmo 125.1

 

Verdade

De onde vêm as crises e tribulações que afetam os justos e injustos? Será Deus o responsável pelos males que afetam a humanidade? A Escritura deixa claro que o homem é responsável pelos seus atos; Adão, nosso representante, afrontou a santidade do Senhor, pecou contra Deus, recebeu da parte de Deus a merecida punição, que recai sobre todos os homens, pecadores como Adão. Então, sim, Deus pesou a sua mão sobre a humanidade com pragas e chagas, morte merecida a nós pecadores.

De forma que as crises não estão fora da providência do Deus que dirige a história, são como juízos decorrentes da Queda, juízos específicos dentro da sua economia e são como sinais dos últimos dias. Deus não é pego de surpresa, e não há inocentes sendo afetados; o único inocente na história afetado pela punição da morte chama-se Jesus Cristo, homem.
Sendo assim, a questão que destacamos é: como aqueles que foram tornados justos na pessoa de Jesus, por sua obra vicária, reagem em dias de crise?

O salmo 125 foi escrito em um contexto de provável dificuldade enfrentada pelo povo de Deus, tempo em que o povo de Deus era cercado e estava sobre julgo e cetro dos ímpios (Sl 125.3), e muitos, se desviando do Deus verdadeiro (Sl 125.5). Era cantado já em período pós-exílico, enquanto o povo subia para Jerusalém para as grandes festas do povo de Deus.

Sendo assim, relembrando os grandes livramentos da parte de Deus, o povo entoava que o justo, em dias de crise, permanece com uma confiança inabalável como o monte Sião, local da manifestação da presença de Deus no meio do seu povo, por meio do templo.

Essa confiança não é fruto do próprio coração humano, mas fruto de uma fé genuína plantada pelo próprio Deus no coração do homem (Ef 2.8-9), fundamentada na firmeza promovida pelo Deus da Aliança, que garante redenção eterna a seu povo; promovendo uma visão de segurança plena, como os montes em derredor de Jerusalém.

Vida

Se diante das crises o nosso coração nos assalta com medos e dúvidas, a Escritura nos mostra que a nossa confiança não pode ser abalada, removida, pois ela é fruto de uma obra sem igual, obra preciosa consumada (Jo 19.30), a obra de Jesus Cristo. Ele é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2), ele é poderoso para nos guardar de tropeços e nos apresentar imaculados diante da sua glória (Jd 24-25), nele, nossa confiança é inabalável.

Pastor Timóteo Sales

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