Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o SENHOR fará maravilhas no meio de vós. Josué 3.5.

 

Verdade

A Escritura traz alguns relatos de homens que estiveram muito próximos da expressão da presença divina. O primeiro que relatamos é o de Moisés, que se deparou com uma sarça (um arbusto) que ardia em chamas, mas não era consumida pelas chamas. No episódio dois detalhes nos chamam atenção: o primeiro, Moisés não ousa olhar, esconde o rosto diante da santidade de Deus (Ex 3.6); segundo, Deus manda Moisés tirar as sandálias dos pés devido ao “lugar santo” (Ex 3.5).

Outro caso que relatamos é o de Uzá, que se aproximou da arca, símbolo da presença do SENHOR, que requeria total santidade para qualquer aproximação, e por isso, aquele foi ferido pela ira de Deus contra aqueles que se aproximam dele sem santidade (2Sm 6.6-7); o terceiro caso que nos recordamos é o dos homens de Bete-Semes, que olharam para a arca, e por causa da desobediência, santidade divina, e santidade requerida para adentrar em sua presença, foram mortos por esta irreverência (1Sm 6.19-20). Por fim, lembramos do profeta Isaías, que diante da visão daquele que é Santo, Santo, Santo, falou: “ai de mim” (Is 6).

Diante dos fatos, nós observamos que Deus é completamente santo e nós totalmente corrompidos por natureza; aliás, éramos filhos da ira (Ef 2.3), logo, o processo de santificação gera em nós duas vertentes. A primeira delas é a de reconhecimento da nossa pequenez, indignidade, fraqueza, pecaminosidade, imerecimento; diante de um Deus santo, o lugar mais alto que galgamos é o pó e a cinza.

A segunda delas, é que passamos a contemplar a gloriosa santidade de Deus. Quanto mais crescemos em santidade, mais conhecemos o caráter de Deus, mais percebemos que todos os seus atributos são repletos de santidade, que ele é infinitamente mais alto do que nós, que ele é completamente separado do pecado.

Vida

É aqui que está o grande mistério de Deus. Pois ele sendo santo, infinito, eterno e perfeito em todos os seus atributos, resolveu descer, fazer-se carne, homem e até maldição por nós, sendo pendurado no madeiro, para que nós, com o rosto desvendado, possamos contemplar, como por espelho, a glória do Senhor, e para que sejamos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem (2Co 3.18), contemplando em Cristo a santidade daquele que é Santo, Santo, Santo.

Timóteo Sales

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