Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o SENHOR fará maravilhas no meio de vós. Josué 3.5.

 

Verdade

Quando nos aproximamos de alguns textos da Escritura, podemos ter a sensação de que alguns deles parecem ajudar a chamada “teologia da prosperidade”, se é que podemos chamar de teologia, algo que fala de dinheiro e não de Deus. E quando olhamos para o texto de Josué, texto em que a terra da promessa seria entregue ao povo, após cerca de 400 anos da promessa feita a Abraão (Gn 12.7), percebemos que para um leitor desavisado e desatento aos detalhes simples do texto, pode parecer que é uma barganha.

Mas o texto não diz “santifiquem-se e aí Deus recompensará vocês com maravilhas, prodígios, curas, sinais”. Longe disso, o Deus que opera maravilhas no meio do seu povo ordenou a santidade para o povo que entraria na terra da promessa, povo que já havia visto diversos sinais e prodígios da parte de Deus, mas além disso, povo que fora resgatado do império Egípcio, da escravidão cruel, para viver diante de um Deus que é Santo.

A santificação na verdade é prazerosa, é deleitosa, pois aprendemos a amar aquilo que Deus ama e a odiar aquilo que ele odeia; aprendemos mais sobre Deus, somos restaurados no propósito para o qual fomos criados. Santificação não é barganha para receber dádivas de Deus, ela é na verdade resultado da dádiva de uma vida transformada.

Deus nos dadivou com maravilhas e até prometeu glórias futuras, logo, quem é genuinamente servo de Deus, por causa da graça de Deus, buscará uma vida de santificação, não para receber essas glórias, mas como gratidão, com a força operada por aquele que “opera” em nós o querer e o realizar (Fp 2.13), e de fato, completará a boa obra iniciada em nós (Fp 1.6).

Vida

Longe de querer barganhar com Deus por maravilhas que ele poderá efetuar amanhã, nosso coração deve descansar e viver em santidade, buscar o cumprimento de suas ordens e conformidade com sua lei, como gratidão diante de um Deus que já fez a maior das maravilhas por nós, ele mandou Cristo, o Deus filho, o Maravilhoso Conselheiro, o Deus forte, o Pai da eternidade, o Príncipe da paz, para selar a nossa paz, dar-nos vida eterna, conceder-nos forças para o crescimento em santidade, e para nos proporcionar o verdadeiro conselho para o entendimento da vida. Cristo nos chama à santidade! Como negligenciar uma vida santa para a glória daquele que nos deu o maior motivo de gratidão?

Timóteo Sales

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